Lorène Bazolo: "Na reta ainda não me consegui posicionar bem. É um pormenor a melhorar"
Os Jogos do Mediterrâneo Oran'2022 arrancaram em 25 de junho e decorrem até quarta-feira, com mais de três mil atletas de 26 países diferentes, incluindo 159 portugueses em 20 disciplinas.
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Lorène Bazolo mergulhou na meta para conseguir o bronze nos 200 metros, dois dias depois da prata nos 100 metros, no encerramento do atletismo nos Jogos do Mediterrâneo Oran2022.
"Tecnicamente, não foi uma corrida boa. Depois, quando senti que não estava a correr bem, quis mesmo lutar para estar no pódio. Pronto, consegui o terceiro lugar", declarou a velocista, de 39 anos.
Bazolo correu a distância em 23,20 segundos e foi batida pela egípcia Bassant Hemida, com um tempo de 22,47, seguida da cipriota Olivia Fotopoulou, com 23,01.
Os 23,20 alcançados pela velocista do Sporting ficaram longe da melhor marca pessoal da época, os 23,09, e do seu recorde nacional, 22,64.
Na chegada à meta do Estádio Olímpico de Oran, na Argélia, a portuguesa mergulhou para conseguir o bronze, vendo-se a perder gás, e conseguiu o último lugar do pódio, mesmo que lhe tenha valido uma queda aparatosa - e de cara ao "tartan".
"Acho que fiz uma boa curva, e foi na reta ainda não me consegui posicionar bem. É um pormenor em que tenho de trabalhar, já sei que tinha este problema e estou a tentar trabalhar sobre isso. Acredito que vou conseguir corrigir isso [e] fazer uma melhor marca do que esta", analisou.
Antes dos Mundiais, em Eugene, no estado norte-americano do Oregon, de 15 a 24 de julho, Bazolo conseguiu duas medalhas que lhe dão "uma sensação positiva, de esperança de que o melhor está para chegar".
"É ir ao Mundial com a expectativa de fazer melhor", resumiu.
Longe do pódio ficou Delvis Santos, que correu os 200 metros em 21,06 segundos, o sétimo melhor registo entre os presentes, e José Carlos Pinto, que fez os 800 metros em 1.46,73 minutos, sendo oitavo.
Mais perto ficou Olímpica Barbosa, com 13,30 nos 100 metros barreiras, vencidos pela francesa Solenn Compper, enquanto Mariana Machado foi sétima nos 1.500 metros (4.17,24).
Nos 5 000 metros, Samuel Barata foi quinto, com um tempo de 13.47,09 minutos, cerca de 11 segundos mais lento do que o vencedor, o marroquino Soufiyan Bouqantar.
Contas feitas, o atletismo fechou com oito medalhas portuguesas, o melhor registo entre as modalidades representadas, e três de ouro: Leandro Ramos, no lançamento do dardo, João Coelho, nos 400 metros, e Cátia Azevedo, na mesma distância.
Lorène Bazolo e Liliana Cá, no lançamento do disco, conseguiram as duas pratas, e Bazolo bisou com um bronze, o mesmo lugar de Tiago Pereira (triplo salto) e Evelise Veiga (salto em comprimento).
Portugal tem agora 21 medalhas na prova, somando os ouros de Leandro Ramos, João Coelho, Cátia Azevedo, Diogo Ribeiro, Camila Rebelo e Rafael Reis, à prata de Maria Inês Barros, Ana Catarina Monteiro, Diogo Ribeiro, Daniela Campos, Jieni Shao, Lorène Bazolo, Liliana Cá e da equipa masculina de ténis de mesa, e os bronzes de Rafaela Azevedo, Lorène Bazolo, Evelise Veiga, Filipa Martins, Tiago Pereira, João Geraldo e da equipa feminina do ténis de mesa.
Os Jogos do Mediterrâneo Oran'2022 arrancaram em 25 de junho e decorrem até quarta-feira, com mais de três mil atletas de 26 países diferentes, incluindo 159 portugueses em 20 disciplinas.