O vice-presidente da FPF, responsável pela Seleção Nacional, referiu-se às notícias da saída de Paulo Bento, à opção por Campinas e Estados Unidos.
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Paulo Bento de saída? Até agora nunca se pôs essa situação. Temos um compromisso, temos mais um jogo e estamos focados nesse objetivo. Depois não sei qual é o pensamento do Paulo Bento. Assinámos um contrato de dois anos com ele. Estamos tristes, como estão tristes todos os portugueses, mas ainda não vamos atirar a toalha ao chão. Quando a direção assinou com o Paulo Bento assinou com a perspetiva de irmos ao Europeu de 2016. Continuamos a querer ir às fases finais. Quando assinámos com o Paulo Bento, a maioria da imprensa e dos portugueses estava de acordo. Não deixaremos de reunir com todos os departamentos para ver o que correu mal e ver o que podemos melhorar no futuro. Não somos surdos. Sabemos muito bem ver, ouvir e depois fazermos a nossa análise para melhorar sempre. A estabilidade é importante e por isso renovamos com Paulo Bento. Não vemos razão para não continuar com esta equipa técnica. Neste momento não pretendemos prescindir dos serviços do Paulo Bento, mas não posso prever o futuro. Não é essa a intenção da federação"
Escolha por Campinas: "Achamos que temos as condições todas para fazer um ótimo trabalho. Não é por acaso que a maioria das equipas escolheu este território. Estamos a 15 minutos do aeroporto e do centro de treinos, que é fundamental para criar condições para que a equipa não tenha grandes viagens. Temos um hotel que dá todas as condições para a equipa estar em segurança".
As diferenças de temperatura: "Sabemos que no Brasil a diferença nas temperaturas é grande. Talvez as equipas europeias tenham mais problemas que as equipas africanas e sul-americanas. Não estão tão habituadas ao clima. Tivemos essas dificuldades. 60 por cento das equipas estão neste local".
O estágio nos Estados Unidos: "Não estamos arrependidos. A maior parte das seleções esteve nos Estados unidos. Ganhámos 1-0 ao México nos Estados Unidos e o México está a fazer um grande Campeonato do Mundo. Há de facto condicionalismos nos jogos de futebol. Nos últimos 14 anos fomos a oito fases finais. É importante dizer isto às pessoas. Devemos agradecer a todos os dirigentes, a todos os jornalistas, a todo o povo português que nos apoiou para alcançarmos este prestígio e o quarto lugar no ranking mundial. Ninguém está satisfeito, mas o que é certo é que temos de analisar o que tem sido feito. Não podemos estar arrependidos de nada. Tivemos um mau resultado que condicionou todo o trabalho".