O técnico declina uma atitude de integral defesa da vantagem amealhada na Luz e até alerta para o facto de que, se assim fosse, a águia estaria "muito mais perto" de ser eliminada
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Com Rui Costa atento na sala de Imprensa do Estádio Petrosvky, Rui Vitória deu corpo à enorme convicção das águias para seguir em frente, independentemente das muitas baixas.
Antes do jogo da primeira mão, perdeu com o FC Porto. Agora, chega depois de uma vitória sobre o Sporting. Quão difícil será este jogo com o Zenit?
-Quando saiu o sorteio já sabíamos que iria ser assim e preparámo-nos para isso. São dois jogos de índices muito elevados, mas estamos preparados e sabemos o que vamos encontrar. Não há volta a dar. Já ganhámos o jogo com o Sporting e agora vamos tentar chegar aos quartos de final da Liga dos Campeões, num jogo que esperamos que seja difícil.
Chega à Rússia com vantagem de um golo. Vai jogar à defesa?
-Esta é uma eliminatória a dois jogos, portanto queremos é sair vencedores no conjunto. Mas quem olha para esta equipa sabe que a nossa forma de trabalhar não tem esse propósito. Claro que em alguns momentos teremos a necessidade de nos fecharmos e defender bem, como teremos os nossos momentos para tentar marcar. Mas não vimos com a ideia de só defender, porque aí estaríamos muito mais próximos de perder. O Zenit também sabe isso e vimos com o objetivo de marcar contra esta boa equipa.
André Villas-Boas disse esperar um Benfica humilde. Será assim? Que Zenit espera?
-O Benfica que entrará em campo é uma equipa consciente e conhecedora do que tem de fazer nos vários momentos do jogo. Acreditamos que temos capacidade para seguir em frente, respeitando o Zenit. Têm de ser estes o ingredientes para levar o Zenit de vencida. É fundamental reconhecer que do outro lado estará uma equipa poderosa, com jogadores prontos para a Champions e a jogar em casa. Esse é o principal trunfo que nós temos: reconhecer que do outro lado estará uma equipa forte. É a nossa prova de humildade. Mas estamos a evoluir, a ser cada vez melhores, e vamos tentar mostrar a nossa qualidade, com uma grande convicção de seguir em frente.
Vai lançar Rúben Dias ou adaptar um médio-defensivo para colmatar as baixas no eixo da defesa?
-Não vou dizer, porque não o tenho feito até agora em jogo nenhum. Mas é um grande orgulho para nós poder trazer mais um jovem de qualidade, espelhando o que é o trabalho na nossa formação.
Depois do início da época, imaginava estar nesta altura na liderança do campeonato e a lutar pelos quartos de final da Champions?
-Sabíamos que teríamos fases complicadas, mas a nossa determinação era enorme. Tínhamos de fazer este percurso, mas só no final faremos balanços.