Presidente encarnado sublinha que a "justiça já devia ter atuado", mas uma vez que não o fez, então que decida só depois do jogo a 5 de março
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Luís Filipe Vieira pede ao Conselho de Disciplina (CD) da FPF que não decida o processo disciplinar a Slimani antes do dérbi com os leões do próximo sábado. Em causa está a queixa apresentada pelas águias no seguimento da alegada agressão do argelino a Samaris, no jogo da quarta eliminatória da Taça de Portugal, a 21 de novembro. Para o presidente encarnado, já que o CD da FPF ainda não decidiu, também deverá agora guardá-la para depois do jogo do próximo sábado. "A justiça deve ser célere, deve castigar ou ilibar, mas tem de ser muito célere nas suas decisões. Portanto, para evitar demagogias ou polémicas absurdas, espero que nenhum jogador da equipa que vamos defrontar na próxima jornada [Sporting] seja impedido de jogar contra nós", disparou, no discurso de abertura do 112.º aniversário do Benfica, assinalado com a entrega dos Galardões Cosme Damião.
No Teatro Camões, Vieira insistiu que, "para que não haja nenhum tipo de suspeição", deverá haver castigo, se for o caso, mas só "depois" do dérbi. Daí, o responsável máximo das águias partiu para o ataque aos rivais. "Todos nós temos a obrigação de fazer crescer o futebol em Portugal e isso obriga-nos a ter de combater o fanatismo mais agressivo e mais primário. Podemos continuar a aceitar aqueles que fazem da divisão, do conflito, da intimidação o seu modo de vida, e achar que o futebol português pode sobreviver a isso. Ou, então, temos de rejeitar tudo isto e exigir comportamentos orientados pela ética e pela responsabilidade. Não pode valer tudo", vincou.
Numa intervenção onde exaltou a competitividade e inovação das águias nos mais diversos níveis, Filipe Vieira destacou a "união e a estabilidade durante os últimos anos" como parte da fórmula de sucesso. Para o futuro, uma promessa: "Vamos continuar a surpreender e a crescer de forma sustentada."