Técnico poderá lançar apenas um ponta de lança para dar mais coesão ao miolo e parar a capacidade ofensiva do Zenit, a única equipa russa que venceu na Luz
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O Benfica começa amanhã a discutir com o Zenit a passagem aos quartos de final da Liga dos Campeões, com a receção aos russos a encerrar dificuldades que Rui Vitória está a estudar, ao ponto de ponderar mesmo dar um toque na estrutura tática habitual como forma de potenciar a coesão do meio-campo, mesmo que isso implique alinhar de início com apenas um ponta de lança.
Com esta alteração no seu plano de opções, o técnico das águias tem em mente fechar mais espaços no miolo, como forma de colocar maiores obstáculos à transição rápida da equipa orientada por André Villas-Boas, de modo a que Hulk, Danny e o poderoso Dzyuba não sejam alimentados em jogadas de contra-ataque e desequilíbrio defensivo das águias. Esta poderá ser uma forma de travar a única equipa russa que já deixou a Luz com o triunfo, desfecho que Spartak de Moscovo, CSKA, Lokomotiv, Dínamo e Torpedo não alcançaram.
Trocar Jonas por Talisca, que mesmo jogando mais próximo do ponta de lança tem, ainda assim, maior intervenção como terceiro médio do que como segundo avançado, é uma das opções no esboço de Rui Vitória. No entanto, e no mesmo seguimento mas apostando também em transições mais rápidas, a inclusão de Gaitán em zonas mais centrais, com a entrada de Carcela para a esquerda, não é um cenário excluído pelo treinador, que já o ativou na receção ao Atlético de Madrid. Na altura, no último jogo da fase de grupos, os colchoneros até saíram por cima da partida (1-2), mas o técnico acredita que esta nuance ao sistema habitual pode carburar.
Apostando na saída de Jonas, Rui Vitória poderá entregar a titularidade a Jiménez em vez de Mitroglou, num cenário alternativo que permitirá explorar a maior amplitude de movimentos do mexicano e a sua maior capacidade de pressão alta, comparando com a forma de jogar do grego.