O treinador do Benfica deixou no ar que não há razões para fazer gestão de esforço dos jogadores que alinharam contra o Zenit nesta deslocação a Paços de Ferreira
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Depois da derrota caseira frente ao FC Porto, Rui Vitória quer acertar o passo e voltar a discutir o campeonato.
Este plantel é suficiente para as duas frentes, a Liga e a Champions?
-No Benfica só há uma frente, é o jogo seguinte e é só isso o que nos preocupa. O meu discurso tem sido o mesmo e todos os jogadores que têm entrado na equipa têm, de forma generalizada e muito vincada, dado conta do recado e vão continuar a fazê-lo.
Contra o Paços, vai fazer alguma gestão do cansaço?
-Não vou dizer nada sobre a equipa, mas deixem-me desmistificar a questão do cansaço. Poucos de vocês têm dados sobre o que é o cansaço de um jogador, mas uma coisa é a fadiga central, outra é a fadiga periférica. Se calhar, há muitos que estão cansados do ponto de vista periférico, mas, quando a mente está a funcionar, ajuda a que os restantes órgãos funcionem melhor, por isso não façam cenários de os jogadores estarem cansados. Sexta-feira, fizemos um jogo com o FC Porto, na terça, outro com o Zenit e, se houve coisa que mostrámos, foi disponibilidade mental.
Esta é uma boa altura para jogar com o Paços, que não ganha na Liga há cinco jogos?
-Não lidamos muito com essas questões, estamos é a mobilizar-nos para ganhar. É algo que merecemos todos e para o qual temos trabalhado muito. Por isso, fosse o Paços ou outro qualquer o adversário, o nosso foco era o mesmo, não pensando se é mais fácil ou mais difícil. Até porque nunca se ganha sem jogar e só estando no nosso ponto limite de disponibilidade mental é que ganharemos.
O Paços está fragilizado com as ausências que tem?
-Se há coisa que aprendi há anos, até pela primeira passagem pelo Benfica, é que não há nada como jogar contra o Benfica, pois há uma forma de estar diferente. Se contarmos com fragilidades, estamos no caminho errado. Amanhã [hoje], vamos encontrar uma boa equipa e isto é um elogio ao trabalho do Paços nesta época e àquela gente, que é de trabalho e entrega até à exaustão. Resta-nos ir para o jogo à procura da vitória e o grande objetivo é ganhar na Mata Real.
As baixas não facilitam?
-Não ligo muito a isso. Qualquer um que tenha jogado há oito dias pelo Paços, amanhã [hoje] será um jogador diferente, pois há um envolvimento, uma motivação e um adversário diferentes.