Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, faz a antevisão ao jogo em casa do Estoril (quarta-feira, 18h00), da fase de grupos da Taça da Liga.
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Espicaçar a equipa após derrota no Dragão: “Não. No jogo com o Estoril criámos muito mais do que em Famalicão. Procura é espicaçar diariamente para melhorar algumas situações e, na altura, lembro-me que tivemos algumas boas ocasiões para chegar ao intervalo já com o jogo resolvido. Depois, num lance individual, com grande mérito do jogador do Estoril e, depois, da equipa, em manter o resultado até ao fim, ganhou o jogo. Culpa nossa. Algum mérito do Estoril, é verdade, mas grande parte de demérito nosso.”
Estabilidade da equipa: “O que fui falando ao longo do tempo é que queríamos cada vez mais apresentarmos essa solidez e consistência em todos os momentos do jogo. Isso vai-se procurando e vamos evoluindo como equipa. Os jogadores, cada um nas suas tarefas, para, depois, coletivamente sermos uma equipa mais forte. Tive a oportunidade de falar no final do último jogo sobre ganhar meio a zero e isso quer dizer que muito dessa consistência tem que ver com isso: no nosso processo defensivo sermos uma equipa que não sofre e, depois, pelas vezes que chegamos e criamos nas equipas adversárias, conseguir fazer um golo, pelo menos, para ganhar. Se olharmos para a fase de grupos da Liga dos Campeões, somos a equipa mais concretizadora fora de casa, à frente do [Manchester] City [n.d.r deixou de ser após a última jornada]. Tinha essa dados antes do último jogo que fizemos, em Barcelona. É para ver... Preocuparia-me, sim, se na dinâmica ofensiva não tivéssemos capacidade para podermos finalizar com êxito. Muitas vezes não temos conseguido, é verdade, mas são situações que se trabalham e que vamos à procura de melhorar em conjunto para que a equipa possa evoluir dessa forma. Há jogos em que em quatro oportunidades fazemos três golos, como aconteceu no último, e outros em que, em dez, acabámos por fazer um e ganhamos nos descontos. Mas o futebol é isto. Ontem estava a ver um jogo da II Liga em que o Feirense estava a ganhar 3-0 ao Mafra com uma exibição fantástica e, na segunda parte, as coisas viraram completamente e o Mafra não empatou por pouco. As situações têm de ser vistas no conjunto de várias pequenas situações que existem para, depois, falarmos delas. Nunca me preocupei com mais ou menos eficácia, mas sim que os jogadores deem o melhor para evoluir.”