Gaitán e Jonas ficaram em branco nas duas derrotas ante o FC Porto e três frente ao Sporting
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O Benfica de Rui Vitória soma por derrotas os cinco clássicos disputados até ao momento, frente a FC Porto e Sporting, e o técnico encarnado bem se pode queixar da falta de brilho dos seus principais jogadores nestas partidas, casos de Gaitán e Jonas. Com grande influência na estratégia benfiquista, a dupla não foi capaz de fazer a diferença no duelo de sexta-feira com o FC Porto, algo que, para os especialistas ouvidos por O JOGO, tem sido uma tendência esta temporada.
"Nos jogos grandes, os dois melhores jogadores do Benfica, Gaitán e Jonas, praticamente apagam-se. Não rendem nem um terço do que fazem nos restantes encontros", defende o técnico Manuel José, enquanto William, antigo central das águias, sublinha que "Gaitán aparece pouco nos momentos mais importantes, quando devia ser o maestro e, ao mesmo tempo, o solista da equipa". "E Jonas, ora por falta de espaço ou por falta de lucidez, também não tem aparecido com os golos, qualidade em que é exímio", reforça.
E a verdade é que os números dão razão a estes reparos, já que os reis das assistências e dos golos do Benfica na Liga, respetivamente, estão ainda em branco nos duelos frente aos grandes rivais. Gaitán cumpriu a totalidade dos 480" disputados nos cinco duelos, enquanto Jonas soma 362", com a curiosidade de ambos terem visto já três amarelos nestas partidas. Os únicos golos foram ambos marcados por Mitroglou, um ao Sporting, para a Taça de Portugal, e outro ao FC Porto, para o campeonato, tendo as assistências partido de Pizzi e Renato Sanches. E mesmo quando estes não aparecem, nem as armas lançadas por Rui Vitória a partir do banco resultam. "Talisca e Carcela têm sido uma mais-valia nos últimos jogos, mas desta vez nada acrescentaram", aponta o comentador desportivo Nuno Presume.
Sublinhando que os principais jogadores das águias "têm de render mais", Manuel José frisa que "os jogadores estão condicionados em termos psíquicos" nos duelos com FC Porto e Sporting, enquanto William aponta "falta de consistência mental": "Mesmo com a equipa numa fase positiva e a subir de rendimento, tem faltado maturidade. A pressão de não poder errar notou-se e tirou confiança à equipa."