O Arouca começou por ser um joguete nas mãos do Vitória, mas recompôs-se e chegou ao empate
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Num relvado mau, impróprio para consumo europeu, o empate conseguido pelo Arouca em cima do apito final do árbitro revelou-se um castigo demasiado pesado para o Vitória pelo que se passou ao longo do jogo, mas acabou por ser um espelho fiel daquilo que foi a época da equipa de Sérgio Conceição, muito irregular. Em dia de festa pelo apuramento histórico para a Liga Europa e também pelo inédito quinto lugar no campeonato, a equipa de Lito Vidigal repetiu o filme da primeira volta, conseguindo chegar à igualdade depois de ter estado a perder por dois golos. Adilson, lançado aos 50 minutos, foi o herói, com uma cabeçada exímia aos 90 minutos, que fez estourar os foguetes nas imediações do Municipal de Arouca ainda com o jogo a decorrer.
O Vitória apresentou-se no 3x5x2 utilizado nos últimos jogos, com João Teixeira no meio-campo e Ricardo Valente no ataque como novidades, para lá do recuo do sul-africano Phete para central, e a equipa mostrou um entrosamento superior, com desdobramentos e combinações interessantes, não espantando que tenha conseguido marcar dois golos na primeira parte, por Cafú, em mais um remate de longe, e Hurtado, este com execução soberba e após bela jogada de envolvimento. Para se explicar o domínio do Vitória, é preciso mencionar uma grande passividade do Arouca, que jogou sem muitos dos habituais titulares.
Na segunda parte, com Adilson e Maurides em campo, e depois também com Ivo Rodrigues, o Arouca foi bem mais perigoso, sobretudo devido à criatividade do primeiro, que ofereceu vários golos aos avançados. Conseguido o primeiro golo, por Walter González, foi o próprio Adilson, decidido a compensar as falhas dos companheiros, a fechar o resultado com o tal golo nos últimos suspiros, com os vitorianos a reclamarem uma falta cometida sobre Dalbert no lance anterior.
O árbitro André Moreira não teve lances complicados para decidir.