Esgaio e Bragança em ação educativa: "Os estudos não podem ser o plano B"
Ricardo Esgaio e Daniel Bragança visitaram jovens em Lisboa. Médio fala em “sonho diário” o de representar o Sporting
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O mês de novembro é dedicado ao tema da educação e o Pólo EUL (Estádio Universitário de Lisboa), onde treinam as camadas jovens do Sporting até chegarem aos iniciados, assinalou o Dia internacional do Estudante e também o Magusto, com várias surpresas para os mais novos. O principal destaque foi a presença de Daniel Bragança e Ricardo Esgaio, jogadores da equipa principal do Sporting, que distribuíram castanhas, canetas e cadernos personalizados, não tendo mãos a medir para tantas solicitações de fotografias e autógrafos.
Além desta dupla, também Konstantin Nikitenko, Micael Sanhá, Daniel Costa e Geovany Quenda, este último já convocado por Rúben Amorim para a equipa A, marcaram presença.
No final, Daniel Bragança, que fez o mesmo percurso que alguns destes jovens poderão vir a fazer, tendo passado vários anos no Pólo EUL antes de percorrer todos os escalões na Academia, vincou a importância da ação. “É bom os miúdos terem este contacto connosco, sentirem que nós já estivemos do lado deles e conseguimos chegar lá acima. Para eles é muito importante e temos todo o prazer em passar um bocado com eles”, começou por dizer o médio aos meios de comunicação leoninos, considerando que “o mais importante é serem felizes e não pensarem demasiado no futuro”.
“Na idade deles acho que não pensava tanto no que podia vir a fazer, só queria jogar e estar com os meus amigos. Era feliz assim e eles também têm de se focar no que gostam e lhes dá prazer porque são muito novos, têm de desfrutar do futebol. Claro que nem todos vão conseguir chegar ao seu objetivo, mas é como tudo na vida”, lembrou, mostrando-se sorridente ao recordar a interação com as crianças, que estrearam os cadernos recebidos com autógrafos dos ídolos.
“Foi bastante simples, eles esticavam a mão e eu dava-lhes as castanhas. Se calhar estavam com muita fome porque tinham acabado de treinar. Eles dizem pouca coisa, ficam meio paralisados e com muita vergonha e pedem uma fotografa e um autógrafo”, explicou, garantindo que continua a viver o “sonho” de representar o Sporting “todos os dias”. “Espero que eles olhem para mim como um exemplo e que percebam que é possível chegarem lá como eu consegui”.
Já Ricardo Esgaio, que também já tinha vivido esta experiência antes, assegurou que “é sempre especial voltar a ver os miúdos”. “Não passei pelo Pólo EUL porque quando cheguei ao Sporting ainda jogávamos no Pina Manique, mas é óptimo voltar aqui. O Magusto já é tradição e é bom receber o carinho deles e ver como gostam de conviver connosco”, referiu, sublinhando a importância de estes jovens se manterem focados na escola, ainda que sonhem ser futebolistas.
“Os estudos não podem ser sequer o plano B, são muito importantes. Nunca se sabe o dia de amanhã e é importante estudar, até porque nestas idades o futebol é mais para divertir. É para aproveitar com os amigos, mas os estudos são sempre importantes independentemente da idade”, realçou, antes de dar um conselho aos mais novos. “Aproveitem todos os momentos porque o que vier será um acréscimo. Isto para que mais tarde possam ajudar o Sporting”, concluiu o ala.