Técnico do Zenit promete apresentar uma equipa ao ataque, mas revela cautelas com o poderio ofensivo das águias, entre os mais eficazes que vê na Europa atualmente
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Os russos estão confiantes e André Villas-Boas é o espelho disso mesmo. Ainda assim, o português não quer embalar na teoria do facilitismo pelas baixas encarnadas. O Zenit jogará ao ataque, isso é garantido, mas não de forma desenfreada.
Garay está pronto? As ausências em ambas as equipas condicionam?
-Garay está convocado, Criscito e Javi García estão suspensos, mas de resto temos toda a gente disponível. O Benfica também tem várias ausências, por lesões ou castigos, por isso ambas as equipas terão de fazer adaptações. Mas a importância do jogo vai fazer esquecer tudo isso. Todos querem este jogo e fazer história. Qualquer que seja o onze das equipas, o mais importante é o desejo, que de ambas as partes é máximo.
Espera mais facilidades, face aos problemas na defesa do Benfica?
-Quando Lisandro López se lesionou, Lindelof substituiu-o e as coisas correram pelo melhor. Não sei que surpresa preparou o Rui Vitória para colmatar essa lacuna na defesa. Se nos vai facilitar a vida também é difícil dizer, porque o Benfica tem uma defesa muito equilibrada e joga com as linhas muito próximas. Não é fácil encontrar espaços, nem em profundidade, nem em largura. Vamos tentar de todas as formas, queremos ganhar, mas não podemos enfrentar o jogo só ao ataque, porque temos de ter cuidado com um dos melhores ataques da Europa.
Hulk recebeu uma proposta da China e parece que desde então não tem vontade de jogar...
-Hulk está cheio de vontade de jogar, faz parte da história do Zenit, e quer os quartos de final da Champions. É falso que não tenha vontade de jogar. Este momento de forma pode acontecer a qualquer um. Há muita expectativa em relação a ele, mas a equipa vem primeiro e está lá para ajudá-lo. É um dos melhores marcadores do campeonato russo e um dos melhores jogadores na Champions. Esperemos que volte ao seu melhor, mas estamos satisfeitos com o seu rendimento.
Desde a paragem, a equipa não tem sido eficaz. Como vê isso, tendo em conta este jogo com o Benfica?
-A equipa está bem fisicamente, tem ritmo e jogamos em casa, num ambiente que é difícil e os adeptos podem fazer diferença. Estamos a contar com tudo isto. Temos falhado muitas ocasiões, mas temos confiança que a equipa tem golo e amanhã [hoje] vai finalizar bem.