Peça fundamental no Gent, que impôs a única derrota do Zenit na fase de grupos da Champions, o ex-central da Luz avisa para o poder do avançado russo
Corpo do artigo
Stefan Mitrovic chegou ao Benfica em 2013/14, como aposta de Rui Costa, mas ficou apenas seis meses, cumprindo oito jogos nos... bês. Vendido ao Friburgo, está agora emprestado ao Gent, que impôs a única derrota do Zenit na fase de grupos da Liga dos Campeões. Na liderança da liga belga e a preparar-se para discutir o apuramento para os quartos de final com o Wolfsburgo, o central avisa para o poderio de um avançado, de 1,96m, que fez seis golos em seis jogos na fase de grupos da prova.
O Gent venceu o Zenit na Champions. Tem conselhos para dar ao Benfica?
No Benfica não precisam de conselhos para ganhar ao Zenit. A qualidade do Zenit é bem conhecida, até porque tem jogadores como Garay, Witsel, Danny ou Hulk. O Garay é um jogador muito importante no jogo do Zenit, não só a comandar a defesa, mas a organizar a equipa a partir de trás. Depois há, claro, Hulk, um dos melhores jogadores da Europa, que se entende muito bem com a referência do ataque, Dzyuba. É um ponta de lança alto, muito forte, e que segura muito bem a bola e os centrais, para as entradas dos companheiros. Pode ser muito perigoso para a defesa do Benfica.
Quais são as hipóteses do Benfica?
-O Benfica é uma grande equipa, claro que tem toda a legitimidade em pensar que pode eliminar o Zenit. Vai ser muito difícil para as duas equipas, acredito que vai ser uma eliminatória equilibrada.
Gostaria de enfrentar o Benfica na prova?
-Seria muito bom. Seria sinal que ambas as equipas se tinham qualificado e iria encontrar vários amigos. Pode ser que nos encontremos. Se não nos quartos de final mais adiante. Seria incrível.
Depois de uma passagem de um ano e sem jogar no Benfica, mudou-se para o Friburgo e agora para o Gent, campeão belga, onde é indiscutível. Como classifica a passagem pelo Benfica? Está arrependido de ter assinado pelo Benfica?
-Foi um momento complicado, porque não joguei, mas não me sinto arrependido. Foi a oportunidade de representar um grande clube e um grande passo na minha carreira. Foi importante para mim enquanto jogador, mesmo sem jogar evoluí. Tornou-me mais forte. Acreditava que podia jogar, mas era difícil ser titular, pois a concorrência era muito forte, havia jogadores como Luisão, Garay ou Jardel.
Falou em jogadores como Luisão, Garay e Jardel. Agora o primeiro está lesionado, o segundo deixou o clube e apenas Jardel está a jogar. Foi o timing que falhou?
-Não posso pensar nisso. Foi uma questão de oportunidades. Tinha grandes jogadores com os quais tinha de lutar pela titularidade, mas não tive nenhuma oportunidade para poder mostrar-me.