"A final de todos os tempos" ou "A final do século"... não falta adjetivação emocional à final da Taça dos Libertadores, que elegerá, este mês, o clube campeão sul-americano. Um inédito Boca Juniores-River Plate, o superclássico de Buenos Aires que será oferecido ao Mundo, está a deixar a Argentina em êxtase.
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No futebol, um superclássico nunca é propriedade de uma nação só. Mesmo quando é o que reclama essa nomenclatura como só sua: a Argentina põe S maiúsculo quando se trata de um Boca-River. Mas, mesmo quando é entre duas equipas do lado de lá do oceano, mesmo quando é a final da Copa Libertadores, a "Champions" dos sul-americanos, um clássico com o epíteto de "super" é de todo o mundo.
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Quis o destino que a final da Libertadores (a duas mãos: 10 e 24 de novembro) fosse inédita e entre duas equipas argentinas. As tais do Superclássico das Pampas, entre o River Plate e o Boca Juniores, os dois emblemas que disputam tudo, a começar pela própria capital argentina, Buenos Aires.
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Recordando o próprio presidente argentino, Maurício Macri (que também geriu os destinos do Boca), esta final corresponde "a três semanas sem dormir". "Sabe a pressão que seria? A equipa que perdesse demoraria 20 anos a recuperar. É uma final que vale muito, demais", disse então o chefe de Estado argentino.
O homem que ocupa a Quinta de Olivos (a residência presidencial, nos arredores da capital), bem que não queria este desfecho, mas o Palmeiras do nosso bem conhecido Scolari, não conseguiu melhor do que um empate em casa (2-2), na madrugada passada. E o treinador brasileiro até revelou o seu preferido para vencer o Superclássico: "Aposto no Boca".
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Entretanto, exulta-se nos meios de comunicação argentinos. "A final sonhada", titula a Semana, enquanto o diário Olé fala em "Super duelo tático", com o foco nos dois treinadores, Guillermo Schelotto (Boca) e Marcelo Gallardo (River).
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Emiliano Sotomayor, jornalista do Olé, escreve: "Nunca na história do futebol mundial uma competição internacional se decidiu com uma final da estirpe do Superclássico. As que mais se assemelham são as que se jogaram entre o Milan e a Juventus (2002-03) e o Real Madrid e o Atlético (13-14 e 16-16). Orgulho argentino".