Técnico português falou ao site da FIFA e fez uma retrospetiva da carreira.
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Em entrevista ao site da FIFA, André Villas-Boas confessou que vencer a I Liga pelo FC Porto continua a ser o ponto mais alto da sua carreira. O técnico fez uma retrospetiva da sua carreira, classificando a experiência em Inglaterra como "enriquecedora".
"Não era fácil para pessoas jovens ter oportunidade de trabalho enquanto treinador, principalmente se tivessem grandes jogadores num plantel. Hoje em dia já é mais comum, até porque acontece com maior frequência: aconteceu com o José Mourinho, comigo, e há outros treinadores por aí que nunca foram jogadores profissionais. Fui feliz o suficiente por começar na formação do FC Porto, foi uma oportunidade que surgiu, e consegui aprender com Bobby Robson. Isso permitiu-me começar a subir dentro do clube. Há sempre momentos que marcam a carreira de treinador. O primeiro troféu, a primeira Liga e a primeira competição europeia. Se tivermos em conta que o FC Porto é o meu clube, vencer a Liga portuguesa com eles foi, certamente, o ponto mais alto da minha carreira", adiantou Villas-Boas, falando também das consequentes passagens por Chelsea e Tottenham:
"Havia crença no nosso trabalho, mas quando os resultados começaram a não aparecer, essa crença desapareceu. Nunca fomos uma equipa consistente. Foi importante experimentar esse desafio, normalmente aprende-se mais num período negativo, e o Chelsea permitiu-me ser melhor treinador. O Tottenham foi um período de altos e baixos. Obviamente não foi um clube onde ganhei títulos, mas, de qualquer forma, há coisas sobre as quais posso refletir. Conseguimos estabelecer um recorde de pontos do Tottenham na Premier League, algo histórico para o clube. Se tivesse acontecido esta época, poderíamos ter sido campeões", assinalou.
Sobre as duas épocas e meia no Zenit, o treinador português sublinhou a "experiência distinta" que teve em São Petersburgo:
"Estava numa fase da minha carreira em que procurava de um desafio diferente, mas que também me permitisse disputar competições europeias. Foi aí que o Zenit surgiu. Já tinham jogadores que eu conhecia, mas sabia que ia ser uma experiência bem distinta. Conseguimos vencer o título e fizemos história, dado que foi o quinto título e acrescentámos uma estrela ao emblema do Zenit".