"Vais ver um jogo de sub-17 em Portugal e vês um tipo como Rafael Leão... Seguimo-lo logo"

O francês Geoffrey Moncada, diretor técnico do Milan que chegou ao clube em 2019 para chefe do departamento de observação, proveniente do Mónaco, deu uma entrevista ao Milanews e à DAZN, na qual recorda o seguimento feito a Rafael Leão e a sua contratação, assim como o sucesso em segurá-lo apesar do assédio.

"Sim, lembro-me de ver Rafael Leão contra o Belenenses, com o Sporting. Acho que tinha 17 anos. Jogava como número 10, como segundo avançado. Era muito solto, vi um perfil muito interessante: alto, de pernas compridas, tecnicamente excelente. Marcava golos com uma confiança incrível. Era um jogador a ter em conta. Depois, obviamente, muitos outros olheiros viram-no, não fui certamente o primeiro a vê-lo. Mas, sabes, vais ver um jogo dos sub-17 em Portugal e vês um tipo daqueles... Seguimo-lo logo", começou por comentar, recordando o momento em que Leão entrou na sua base de dados.

Depois, em 2019, chegou ao Milan e nesse ano os italianos contrataram o internacional português ao Lille: "Fizemos uma lista restrita, havia necessidade de contratar um novo extremo-esquerdo. Havia bons nomes. Havia o Leão, havia o Malen, havia o Marcus Thuram que estava no Guingamp... Havia este tipo de perfil, físico. Hoje, Leão, Malen e Thuram estão a jogar a um nível elevado e estão bem. Mas há quatro ou cinco anos não era assim tão evidente. O Leão jogava no Lille e só era titular há seis meses e trouxemo-lo para o Milan. Não é fácil... Em geral, somos sempre muito exigentes com os jogadores, mas para mim é sempre necessário dar-lhes algum tempo."

Por fim, Moncada falou do assédio e do sucesso em mantê-lo no plantel: "Antes de mais, temos de agradecer ao clube. Fizeram um ótimo trabalho, não foi fácil. Quando o Rafa quer fazer as coisas, e isso viu-se em Madrid, ninguém o consegue parar. E é por isso que é sempre bom manter um perfil como este: ele é o número 10 do Milan, estou muito feliz por tê-lo connosco. E não acaba aqui."