Comité Executivo reuniu-se esta quinta-feira.
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O Comité Executivo da UEFA esteve reunido esta quinta-feira, por videoconferência, tendo como tema a calendarização das competições, neste momento paradas devido à pandemia de covid-19. O organismo salientou que o apuramento para as provas europeias deve ter em conta o mérito desportivo, admitindo que alguns campeonatos possam não ser concluídos. Aponta mesmo a possibilidade de uma alteração do formato.
Na reunião ficou assente que as provas europeias decorram em paralelo ou após a conclusão das provas nacionais, em agosto. Caso não seja possível manter o esquema normal de determinado campeonato, a UEFA aconselha que se altere o formato de maneira a poder ser terminado, dando primazia ao mérito desportivo.
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"A UEFA apela às federações e ligas que explorem todas as opções possíveis para concluir todas as competições nacionais que deem acesso às competições de clubes da UEFA. No entanto, a UEFA sublinha que a saúde de jogadores, espectadores e todos os envolvidos no futebol, bem como o publico em geral, deve continuar a ser a preocupação principal neste momento. O cenário ideal, caso a situação de pandemia o permita, é terminar as competições nacionais atualmente suspensas, permitindo aos clubes apurarem-se para as competições de clubes da UEFA com base no mérito desportivo, tal como no formato original. Caso isso não seja possível, em particular devido a problemas de calendarização, seria preferível que as competições suspensas fossem reatadas mas com um formato diferente, por forma a facilitar que os clubes se qualificassem com base no mérito desportivo", surge escrito no site do organismo.
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A UEFA sustenta ainda que caso um campeonato não possa recomeçar, a federação local pode escolher outro meio de indicar representantes nas provas europeias, desde que seja transparente. Caso contrário, a UEFA reserva-se o direito de não aceitar. A nota do comité destaca as decisões tomadas na Bélgica e na Escócia - que pretendem encerrar os campeonatos definitivamente, depois de terem sido suspensos em março devido à pandemia -, para encaixar este tipo de tomadas de posição num regime de excecionalidade.
"Existência de uma ordem oficial a proibir eventos desportivos, de forma a que as competições nacionais não possam ser completadas até uma data que tornasse possível o fim da época atual em tempo oportuno antes do início da próxima" e "inultrapassáveis problemas económicos que levem a que seja impossível terminar a temporada porque colocaria em risco a estabilidade financeira a longo prazo da competição nacional e/ou clubes", enumera a UEFA.
"O procedimento para a escolha de clubes deve basear-se em princípios objetivos, transparentes e não-discriminatórios. Em última instância, as Federações e Ligas devem ter a capacidade para decidir a classificação final das suas competições nacionais, sempre tendo em conta as circunstâncias específicas de cada competição", explica.
"A determinação final sobre vagas elegíveis para as competições de clubes da UEFA deve ser confirmada pelos órgãos competentes relevantes a nível nacional. A UEFA reserva-se o direito de recusar ou avaliar qualquer clube proposto por uma Federação cuja competição nacional tiver terminado de forma prematura nos seguintes casos: as competições nacionais não terem terminado prematuramente com base nos motivos enumerados nestas diretrizes da UEFA ou com base em qualquer outro motivo legítimo de saúde pública; os clubes terem sido escolhidos após um procedimento que não tenha sido objetivo, transparente e não-discriminatório, dessa forma não se considerando que os clubes escolhidos se qualificaram com base no mérito desportivo; exista a perceção pública de injustiça na qualificação do clube", conclui.
Dia 27 de maio há nova reunião do Comité Executivo, esperando-se decisões mais concretas.