Três jogadores detidos na Austrália por suspeitas de corrupção em apostas
Os jogadores não foram identificados pelas autoridades australianas, mas jogam na principal divisão daquele país
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A polícia australiana deteve esta sexta-feira três jogadores – que não foram identificados mas jogam na principal divisão daquele país - por suspeitas de corrupção em apostas desportivas, depois de terem, alegadamente, manipulado a atribuição de cartões amarelos em jogos.
De acordo com a BBC, a polícia do estado australiano de New South Wales acusa um jogador de 33 anos de ter recebido instruções de uma “figura do crime organizado”, que se encontra escondida na América do Sul, para planear a atribuição de cartões amarelos em troca de dinheiro.
Esta situação terá sucedido entre 24 de novembro e 9 de dezembro de 2023, envolvendo também três jogadores – um dos quais ainda não foi detido – que farão parte de um clube do sul de Sydney.
A revelação dessa informação motivou uma reação quase imediata do Macarthur FC, clube sediado nessa região e que compete na A-League, que se disse “chocado e ciente” das detenções em curso. “A integridade do nosso desporto é um pilar da nossa fundação e vamos trabalhar de perto com todas as agências relevantes para este assunto”, vincam, num comunicado.
Também a A-League já reagiu ao sucedido, suspendendo os atletas em questão e frisando estar a colaborar de perto com as autoridades.
Nesta altura do processo, um jogador de 33 anos foi acusado de quatro crimes de corrupção em apostas e um de participação em atividade criminosa organizada, tendo de se apresentar em tribunal no dia 24 de junho, depois de ter sido libertado sob fiança.
Ao mesmo tempo, um jogador de 27 anos, e outro, de 32, foram acusados de um crime de corrupção e de outro de participação criminosa organizada, tendo os respetivos julgamentos em tribunal marcados para 27 de junho e 30 de maio, respetivamente.
Desde logo, suspeita-se que um jogador sénior tenha pagado a jogadores jovens valores que vão até aos 10 mil dólares australianos (o equivalente a 6,14 mil euros) para receberem intencionalmente cartões amarelos em jogos oficiais.