O jornal The Times avança que os promotores do projeto enviaram uma carta a vários emblemas europeus, na qual acusam a Liga inglesa de dominar cada vez mais a Liga dos Campeões devido a clubes apoiados por "fundos de investimento públicos, xeiques e oligarcas".
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O jornal The Times avança esta quinta-feira que os promotores da Superliga Europeia, que recentemente conheceu o seu novo CEO, Bernd Reichart, enviaram uma carta a vários clubes europeus, na qual consideram que o "domínio" da Premier League se apresenta como um "risco" para o bem-estar do futebol.
Os defensores do projeto consideram que o poder económico da Liga inglesa "está a superar todas as restantes Ligas continentais" e que os clubes ingleses estão a dominar progressivamente a Liga dos Campeões devido ao apoio de "fundos de investimento públicos, xeiques e oligarcas".
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"A Premier League (EPL) está a converter-se numa Superliga global e está a superar o gasto bruto combinado das transferências dos rivais continentais. Este verão, os clubes da EPL gastaram 2.250 milhões de euros, mais do que a LaLiga, Serie A, Bundesliga e a Ligue 1 juntas. O gasto bruto do recém-promovido Nottingham Forest, 160 milhões de euros, foi mais do que o total da Serie A, LaLiga, Bundesliga e Ligue 1 (total de 78 clubes) combinado. Os custos salariais da Premier League são quase o dobro do que o seu rival continental", pode ler-se num excerto da carta, a que o The Times teve acesso.
"Em adição às receitas televisivas, os seis grandes clubes ingleses [Manchester City, Manchester United, Liverpool, Chelsea, Arsenal e Tottenham] são propriedade de um investidor multimilionário ou de um fundo estatal. A Liga dos Campeões já não é um torneio europeu verdadeiramente aberto. Está cada vez mais dominado por clubes ingleses e há poucas exceções continentais que consigam acompanhar o ritmo. Duas das últimas quatro finais foram integralmente inglesas e só o Real Madrid evitou uma terceira em junho. Nos últimos cinco anos, aproximadamente 75% dos semifinalistas da Champions foram ingleses, mais as exceções continentais do PSG, Real Madrid e Bayern", completam os promotores da Superliga.
Recorde-se que os seis clubes ingleses mencionados fizeram parte do lote inicial de equipas que apoiou a introdução da Superliga, até que a revolta massiva dos adeptos ditasse o seu afastamento definitivo do projeto, encabeçado pelos presidentes do Real Madrid, Barcelona e Juventus.
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