Seleção feminina dos Estados Unidos processa federação por "discriminação salarial"
As jogadoras dizem que disputam mais jogos e recebem menos que a seleção masculina.
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Vinte e oito jogadoras da seleção de futebol feminino dos Estados Unidos processaram, esta sexta-feira, a federação daquele país, alegando discriminação salarial e de condições de trabalho, a três meses da participação no Mundial'2019.
Na queixa, apresentada num tribunal federal de Los Angeles, as atletas da seleção campeã do mundo reclamam as mesmas condições oferecidas à equipa masculina, tanto no que diz respeito a salários como à qualidade dos tratamentos médicos ou o transporte para os jogos.
De acordo com o jornal The New York Times, o lote de atletas, no qual se incluem algumas das principais figuras, como Carli Lloyd, Megan Rapinoe e Alex Morgan, pedem uma indemnização por danos, que pode atingir vários milhões de dólares.
As jogadoras dizem ser obrigadas a disputar mais jogos do que os atletas da seleção masculina e que, apesar de ganharem mais jogos, continuam a receber salários mais baixos do que os homens.
Em 2016, a Federação Norte-Americana de Futebol passou por um processo idêntico, quando cinco jogadoras também apresentaram uma queixa por discriminação salarial contra aquela entidade.
A queixa foi apresentada no dia em que se celebra o Dia Internacional da Mulher.
A seleção feminina dos Estados Unidos, que contabiliza três títulos mundiais, o último em 2015, está inserida no grupo F do Mundial 2019, juntamente com Suécia, Chile e Tailândia. A prova vai decorrer em França, entre 7 de junho e 7 de julho.
Esta não é a primeira vez que uma seleção feminina luta pela igualdade salarial. A Dinamarca foi disso exemplo em 2017 num caso que também muito deu que falar.