Internacionais dinamarquesas em greve protestam contra a desigualdade salarial
Sem acordo salarial com as jogadoras, a federação dinamarquesa de futebol avisou a federação sueca que não vai comparecer ao próximo encontro previsto entre as duas equipas, de apuramento para o Mundial 2019 de futebol feminino
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A federação dinamarquesa de futebol anunciou, através de um comunicado, ter avisado a sua homóloga sueca que "as jogadoras da seleção não querem apresentar-se ao jogo da próxima sexta-feira, que não poderá assim ser jogado". As vice-campeãs europeias e federação ainda não chegaram a acordo sobre as verbas a pagar e depois do último encontro com a Hungria resolveram entrar em greve, recusando treinar segunda e terça-feira.
De acordo com o sindicato, as jogadoras apontam o facto da federação não lhes ter feito "uma proposta salarial razoável" que cubra as suas necessidades e reclamam a assinatura de uma convenção coletiva. Em média, cada jogadora recebe 14 mil coroas por mês (cerca de 1460 euros). O salário pago aos internacionais masculinos da Dinamarca não foi revelado.
Os responsáveis da federação dinamarquesa sentem-se reféns da posição tomada e garantem ter proposto um aumento de dois milhões à seleção feminina de futebol. A federação dinamarquesa receia ser sancionada pela UEFA, ou pela FIFA, e acabar afastada do Mundial que vai decorrer em França, em 2019.