Os convocados de Portugal, campeão europeu em título, estão avaliados em 657 milhões de euros. Seis vezes mais do que os eleitos ucranianos. Mas há mais contrastes.
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Portugal abre as hostilidades amanhã, na Luz, no que respeita ao apuramento para o Euro"2020, tendo pela frente uma Ucrânia com a qual tem mais diferenças do que parecenças. Na corrida para a sua 11.ª presença consecutiva em fases finais das provas mais importantes (cinco campeonatos da Europa, cinco Mundiais consecutivos), a equipa de Fernando Santos enfrenta um adversário... a um mundo de distância.
O ponto um naquilo que separa Portugal da Ucrânia, em termos futebolísticos, deriva da qualidade dos vários jogadores convocados e da respetiva valorização de mercado. Aí, o conjunto das Quinas entra não só a ganhar como... goleia.
Só Cristiano Ronaldo e Bernardo Silva, cotados em 180 milhões de euros, superam a avaliação feita a todos os jogadores chamados por Shevchenko para o jogo de amanhã.
Tomando como referência os valores do sítio especializado em mercado "Transfermarkt", os 24 atletas convocados por Fernando Santos (já excluindo o dispensado Bruno Fernandes) valem 657 milhões de euros, com Cristiano Ronaldo e Bernardo Silva a serem os mais cotados, numa avaliação de 100 e 80 milhões de euros, respetivamente: juntos, já batem a avaliação a todos os ucranianos que Andriy Shevchenko leva até Lisboa: 111,15 M€.
Se a avaliação dos portugueses é cerca de seis vezes superior à dos homens que vêm do Leste, há também notória diferença na experiência internacional dos dois conjuntos. A média de internacionalizações do atual campeão da Europa, mesmo com João Félix, Diogo Jota e Dyego Sousa ainda à espera da estreia, é de 33,5 jogos, contra apenas 17 da Ucrânia, onde só o brasileiro naturalizado Júnior Moraes aparece em branco.
Em valores médios, os visitantes têm um lote de atletas mais jovem (25,5 anos) do que o dos portugueses (26,9), mas Portugal esmaga na percentagem de jogadores a jogar fora do país (68 por cento, contra apenas 32 do adversário).
Aspeto que separa, e muito, os eleitos de Fernando Santos e de Shevchenko são os títulos nas seleções jovens. Apesar de os ucranianos serem campeões europeus de sub-19, título somado no ano passado, Portugal responde com esmagadores 19 troféus, numa galeria onde apenas falta a conquista do escalão de sub-21.
Desde o Euro"2000 que Portugal não falha nenhum apuramento entre Europeus e Mundiais. Parte agora em busca da 11.ª qualificação consecutiva.
No que respeita aos confrontos diretos, fica uma curta história, com apenas um par de jogos entre Portugal e Ucrânia, cuja federação apenas se formou em 1991: no apuramento para o Mundial de 1998, a equipa das Quinas perdeu em Kiev (2-1) e ganhou nas Antas (1-0). O desaire fora viria a pesar, com os ucranianos a apurarem-se para o play-off de acesso à prova que se disputaria em França. Portugal, pela última vez na história, ficou em casa. Depois foi sempre a somar.
A única vez que Portugal e Ucrânia se encontraram foi no apuramento para o Mundial de 1998. Uma derrota em Kiev, na fase de grupos, contribuiu para a equipa das Quinas ficar em casa... pela última vez