Portugal está entre os países estrangeiros que mais técnicos deram ao principal campeonato de futebol inglês. Atualmente, são três
Corpo do artigo
A estreia de Rúben Amorim como treinador do Manchester United, ontem, em Portman Road, casa do Ipswich Town (empate a um, elevou para sete o número de portugueses no comando técnico de equipas da Premier League inglesa. Este número torna Portugal o quinto país, ex aequo com a Alemanha, que maior número de treinadores deu ao principal campeonato de futebol de Inglaterra à exceção das nações britânicas.
O primeiro português a treinar na Premier, que desbravou o caminho e teve papel decisivo ao abrir portas para os demais, foi José Mourinho, que começou por levar o Chelsea a um bicampeonato (04/05 e 05/06), algo que nunca sucedera no emblema londrino, cuja única liga datava de 54/55. O mesmo Chelsea contratou, no verão de 2011, André Villas-Boas, após pagar ao FC Porto os 15 milhões de euros da rescisão do então treinador e atual presidente portista, o segundo a orientar uma equipa na Premiership. Essa época culminou com a primeira Champions do clube de Stamford Bridge, mas AVB fora entretanto substituído por Di Matteo. O italiano é um dos 15 que já passaram pelos bancos da liga inglesa e que fazem deste o país que mais técnicos deu àquele campeonato.
Voltando aos lusos, à dupla que emigrou após ter sucesso no FC Porto seguiu-se um punhado de outros treinadores: Marco Silva, Carlos Carvalhal, Bruno Lage, Nuno Espírito Santo e, agora, Rúben Amorim. Nenhum deles conquistou o principal campeonato inglês, mas Nuno (pelo Wolverhampton) e Marco (ao serviço do Fulham) foram campeões no Championship, a segunda divisão. Villas-Boas esteve na caminhada que culminou na conquista da Taça de Inglaterra pelo Chelsea e Mourinho ganharia outra liga (14/15), além de uma Taça, quatro Taças da Liga, duas Supertaças e uma Liga Europa, num percurso que além dos “blues” incluiu Manchester United e Tottenham, este último o único clube inglês onde nada conquistou.
Itália 15
Attilio Lombardo, Gianluca Vialli, Claudio Ranieri, Gianfranco Zola, Carlo Ancelotti, Roberto Mancini, Roberto Di Matteo, Paolo Di Canio, Francesco Guidolin, Walter Mazzarri, Antonio Conte, Maurizio Sarri, Roberto De Zerbi, Cristian Stellini, Enzo Maresca.
Espanha 14
Rafael Benítez, Juande Ramos, Roberto Martínez, Pepe Mel, Quique Sánchez Flores, Aitor Karanka, Pep Guardiola, Javi Gracia, Unai Emery, Mikel Arteta, Xisco Muñoz, Julen Lopetegui, Andoni Iraola.
Países Baixos 10
Ruud Gullit, Martin Jol, Guus Hiddink, René Meulensteen, Louis van Gaal, Ronald Koeman, Dick Advocaat, Frank de Boer, Erik ten Hag, Arne Slot.
França 8
Arsène Wenger, Gérard Houllier, Jean Tigana, Jacques Santini, Alain Perrin, Remi Garde, Claude Puel, Patrick Vieira.
Portugal 7
José Mourinho, André Villas-Boas, Marco Silva, Carlos Carvalhal, Bruno Lage, Nuno Espírito Santo, Rúben Amorim.
Alemanha 7
Felix Magath, Jurgen Klopp, Jan Siewert, Daniel Farke, Thomas Tuchel, Ralf Rangnick, Fabian Hurzeler.