Roberto Martínez conta quem mais o surpreendeu e fala das possibilidades no Euro'2024
Declarações de Roberto Martínez em entrevista ao Canal 11
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Sistemas táticos? "A evolução é constante, é importante ter em consideração o momento de forma dos jogadores, num momento o Raphael Guerreiro e Nuno Mendes não estavam aptos, decisão era chamar outros com as mesmas característcias ou podíamos utilizar a situação para acrescentar mais um atacante, um jogador como Rafael Leão, isso foi importante, de ter um avançado mais."
Jogar com três centrais continua a ser hipótese? "Há possibilidade voltar aos três centrais, depende do adversário, do momento do jogo, etc. Guerreiro pode jogar a trinco, João Félix pode jogar por fora ou também por dentro. Temos muitas opções, o que eu gostei é a intenção dos jogadores, individualmente, de criar uma equipa. Há momentos e desafios difíceis, com Liechtenstaein houve momentos em que tentámos jogar com oito atacantes. Os jogadores é que quiseram isso. É importante ver nuances diferentes. No Europeu teremos três jogos em que teremos que ser perfeitos, é importante ver essas diferenças táticas."
Fala com jogadores da família, dos problemas individuais? "Tudo influencia. Há problemas, o que está na cabeça faz a diferença no relvado, gosto de treinar pessoas entre jogos, isso é muito importante para mim. O ser selecionador é uma sorte para mim, posso ajudar um jogador quando tem mum momento mau, eles têm bons e maus momentos, um selecionador pode ajudar de uma forma neutra, não preciso de vender um jogador, posso ser honesto com eles, isso tem um valor muito alto. Mas de forma natural, não quero falar com eles para mexer no percurso deles, é de uma forma natural que posso fazer isso."
Quem o impressionou mais? "Conhecia muito os portugueses, jogámos contra eles, a ideia não foi um jogador, surpreendeu-me o balneário, sabia que era muito competitivo, surpresa foi que também gosta de ter clareza tática, informação tática, é dificil encontrar isso, serem competitivos e terem informação tática. individualmente, um como João Neves, que chega aos 19 anos, mostrou naturalidade e persoanlidade que me surpreendeu muito."
Portugal pode ganhar o europeu? "Podemos. para ganhar é preciso sonhar grande. Depois um grupo de seis sete seleções que podem ganhar o torneio. Portugal tem dos melhores balneários do futebol europeu e mundial, porque não podemos? Há detalhes pequenos, algum fora do controle e sorte, o jogo precisa de sorte, mas se trabalhas e muito e bem, a sorte ajuda. A ideia é lutar para tentar ganhar."
Melhor qualificação de sempre de Portugal: "Intenção é estar sempre preparado para ganhar um jogo. Não é fácil, estágios diferentes uns dos outros. Exigência do jogador moderno é difícil, é consequencia de muito compromisso, de muito trabalho, staff, grupo da cidade do futebol trabalhou bem, todos os jogadores deram tudo, talento também, talento não ganha jogos consistentemente, ganha um ou outro, mas atitude, compromisso, clareza, criar ambiente de alto desempenho e ter intenção de dar tudo para se ter êxito, isso é o que ganha jogos constantemente."
Jogadores divertem-se, adeptos também: "Paixão pela seleção é muito grande. Adeptos mostram amor, paixão, afeto, senti isso também nos estádios durante os jogos, gostei muito do ambiente, o que o adepto sente-se parte da equipa, é muito importante, contra a Eslovaquia foi importante ter os adeptos e precisamos disso para continuar a crescer, precisamos de desfrutar para melhorar."
Bernardo Silva e Rúben Dias no onze do ano: "Uma satisfação, orgulho, dificil porque os prémios individuais são muito subjetivos. É sempre uma boa memória, eles estão a trabalhar bem, Bernardo leva 10 épocas fora, Rúben um dos melhores centrais do futebol mundial, uma boa memória, muito merecida e ganhar a champions foi muito importante para chegarem lá."
Ganhar como treinador? "O meu estimulo é ganhar um título, celebrar com os adeptos, prémios pessoais não. Acontecem quando o trabalho é bom, mas nunca é o motivo para trabalhar."