Fábio Martins explicou a opção pelo Al Shabab e revelou que o Braga estava a pedir valores muito altos
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Fábio Martins partiu ontem rumo à primeira aventura no estrangeiro, com destino a Riade, Arábia Saudita, para representar o Al Shabab por empréstimo de uma época do Braga.
Na última temporada, Fábio Martins valeu uma dúzia de golos no Famalicão em 36 partidas
O extremo, em declarações a O JOGO, fundamentou a escolha, sem deixar de notar que o ideal seria permanecer num contexto competitivo mais forte. E adiantou que o Braga impôs que renovasse até 2023 para permitir a saída, talvez por acreditar num encaixe financeiro significativo na próxima época. Vai estar atento a Iuri Medeiros e Gil Dias.
"A Arábia Saudita foi o que se proporcionou. Apresentaram-me um projeto muito interessante, com um treinador português [n.d.r. Pedro Caixinha], e também não posso deixar de frisar as condições salariais, que são uma coisa absurda comparado com o que estava a ganhar. Foi a soma destas três situações que me levou a aceitar. Se dei prioridade à parte financeira? Sim, com a idade que tenho, 27 anos, o meu foco era conciliar a parte desportiva com a financeira, mas infelizmente não consegui ficar na Europa. Mas tenho a certeza que as coisas vão correr bem e vamos conseguir grandes coisas", argumentou Fábio Martins.
Apesar de ter sido um dos destaques da última edição do campeonato, o processo da transferência arrastou-se durante meses. "Acho que teve mais a ver com a covid-19 e também pelos valores que o Braga estava a pedir, que não eram adequados à situação que vivemos. Este mercado tem sido de empréstimos, com poucas transferências de valores elevados. Houve outras abordagens, mas sem acordo", juntou o jogador, que não crê que a ida para o futebol árabe seja castradora da qualidade que já demonstrou. "Não quero acreditar nisso, o projeto que me apresentaram foi bom. Era melhor ficar na Europa, mas não foi possível."
Fábio Martins preferia ter ficado na Europa, mas diz que não foi possível
Antes de ser emprestado, Fábio Martins renovou mais uma época (até 2023), pelo que a história com o Braga ainda está por acabar. "Tive de renovar para sair, foi imposição do Braga. Para o ano quando voltar tenho mais dois anos de contrato e logo se vê. Pode ser que o Braga acredite num possível encaixe mais tarde...", apontou, sem querer comentar muito a não inclusão no plantel bracarense. "Não tem nada a ver com mágoa. Em relação às opções da Direção e do treinador, não me quero meter nisso; confio nas minhas capacidades e sei que, se lá estivesse, seria mais um para ajudar. Vou seguir a minha vida e mais tarde veremos."
Nos próximos nove meses, tempo do empréstimo ao Al Shabab, o extremo vai seguir a liga portuguesa e com especial atenção a dois jogadores. "Aprecio muito o Iuri Medeiros, tenho a certeza que vai ajudar muito, e o Gil Dias, do Famalicão, é um bom jogador."
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