Portugal e Holanda disputam esta noite, no Estádio do Dragão, o primeiro troféu da Liga das Nações. Esta será a terceira final lusa desde o início do milénio, tendo ganho uma e perdido outra, ambas no Europeu.
Corpo do artigo
São 64 os títulos que separam os 23 elementos da seleção portuguesa e o elenco representativo da Holanda que esta noite, no Dragão, às 19h45, procurarão levantar o primeiro troféu da Liga das Nações, depois de terem ganho a Suíça e Inglaterra, respetivamente, mas meias-finais da competição.
Na guerra por um trono em estreia, são os pupilos de Fernando Santos aqueles que por mais vezes já levantaram taças, num gesto que esperam repetir, mostrando aos holandeses a maior prática que têm em fazê-lo.
Em nova final, os jogadores portugueses surgem como mais habituados a ganhar títulos do que a Holanda: 171 troféus contra 107
Perante uma seleção da Holanda, em média, mais nova um ano (26,3 anos para os 27,3 dos convocados lusos), os jogadores portugueses respondem com a experiência de ganhar, tanto nos clubes como, obviamente, na própria Seleção. Ainda com nove (Rui Patrício, Raphael Guerreiro, José Fonte, Pepe, William, Danilo, João Moutinho, Rafa e Cristiano Ronaldo) representantes efetivos da equipa que em 2016 se sagrou campeã da Europa, Portugal vai a jogo carregado de vencedores: contas feitas, são 171 idas ao topo, contra 107 no lote holandês. A idade mais jovem dos rivais da equipa das Quinas também "colabora" para este registo onde Cristiano Ronaldo (28 títulos), Pepe (20) e João Moutinho (16) são os mais habituados a ganhar.
A batalha pela conquista da Liga das Nações jogar-se-á também no campo da psicologia. E, aí, Portugal pode igualmente ganhar um ânimo extra, pelo que foi a sua história recente nas duas maiores competições de seleções. Desde o início do século, a equipa das Quinas atingiu duas finais, tendo perdido a do Europeu de 2004, em casa, mas retificando em França, em 2016, com um triunfo histórico. Já a Holanda, neste milénio, só saboreou uma final e que foi amarga: no jogo decisivo do Mundial"2010, na África do Sul, a Laranja azedou frente à Espanha, andando desde aí a tentar refazer o seu caminho para o sucesso.
Formação holandesa com ascendente
Se a nível de seleções principais, a história recente de Portugal se afigura maior do que a do rival desta noite, no que respeita a sucessos nas equipas da formação os holandeses têm ganho ascendente. Desde o ano 2000, Portugal foi a oito finais e perdeu cinco delas. Nos Europeus de sub-17, as Quinas levaram a melhor em 2003 e 2016 nas duas finais disputadas, mas, nos sub-19, caíram em três campeonatos da Europa (2003, 2014 e 2017) antes do sucesso do ano passado. As finais do Europeu sub-21 de 2015 e do Mundial de sub-20 em 2011 foram também fracassos. Do lado holandês, há a somar três vitórias em seis possíveis nos sub-17 (são bicampeões em título) e o pleno de finais vencidas em sub-21 (2006 e 2007).
10992638
Fernando Santos aponta a lote restrito
Portugal procura mais uma taça no museu e, se isso for conseguido, também é Fernando Santos a dar um novo salto para a história. Após o inédito Europeu ganho em 2016, a equipa das Quinas pode hoje conquistar a Liga das Nações, ou seja, dois grandes troféus em menos de três anos. Algo que, considerando as maiores provas de seleções, só foi conseguido por Helmut Schon (Alemanha), Richard Moller Nielsen (Dinamarca), Roger Lemerre (França), Vicente del Bosque (Espanha) e Joachim Low (Alemanha).
10992222