A grave lesão que sofreu no joelho esquerdo, com lesão do ligamento colateral interno, colocou em causa a presença no Mundial, mas quem trabalhou com ele, no Olival, nunca o viu derrotado.
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O caminho foi longo e penoso, mas Pepe nunca desistiu do sonho de estar no Mundial"2022. O central sofreu uma lesão grave num treino do FC Porto, dia 8 de outubro, que colocou em risco a presença no Catar.
Uma entorse no joelho esquerdo, com lesão do ligamento colateral interno, impediu-o de competir durante um mês, mas o jogador, de 39 anos, nunca desistiu do sonho. Garante quem trabalhou com ele no Olival que nunca o viram derrotado, transmitindo essa confiança contagiante a quem estava por perto.
Pepe sabia que a recuperação tinha de ser cuidadosa, mas, ao mesmo tempo, em contrarrelógio, porque tinha de dar um sinal claro a Fernando Santos na hora de o selecionador escolher os 26 para o Catar.
"Quando me lesionei, não dormia. Queria recuperar o mais rápido possível para disputar mais um Mundial e ajudar a Seleção", admitiu já no Mundial.Para lá chegar, teve de fazer muitos sacrifícios e, sabe O JOGO, abdicou de folgas para recuperar.
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Comparecia de manhã no Olival e era lá que almoçava para não perder tempo. Entregue, numa fase inicial, ao departamento médico, passou depois para o ginásio, onde teve a companhia e a ajuda inicial de um fisioterapeuta, a quem se juntou depois um recuperador físico.
A etapa seguinte foi feita no relvado, começando, aí, a dar os primeiros toques na bola. Acelerada a recuperação, e numa altura em que dava sinais de estar fisicamente em boas condições, foi entregue aos cuidados da equipa técnica comandada por Sérgio Conceição.
Chamado para o Mundial, ficou no banco no jogo inaugural, com o Gana, mas a partir daí alinhou sempre os 90 minutos com o Uruguai, a Coreia do Sul e a Suíça.
Neste último, além de demonstrar que atravessa uma forma física invejável, marcou um grande golo, tornando-se no jogador mais velho a marcar num jogo a eliminar num Mundial.
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