Noiva de jornalista assassinado urge Premier League a travar compra do Newcastle
A noiva de Jamal Khashoggi considera que o negócio pode "arruinar a reputação" da Liga inglesa.
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A aquisição de 80 por cento do Newcastle, clube do principal escalão inglês, pelo príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, continua a gerar polémica.
Desta feita, foi a noiva de Jamal Khashoggi, jornalista assassinado no consulado saudita em Istambul, em outubro de 2018, a apelar à Premier League para "bloquear" o negócio - avaliado em 300 milhões de libras - de compra do clube "magpie", sob pena de considerar o organismo cúmplice na "ocultação" do homicídio do antigo companheiro.
"A proposta de aquisição não é apenas 'negócio' para o príncipe herdeiro e as autoridades sauditas, mas também uma tentativa de fugir à justiça e ao escrutínio internacional por um ato repudiável. Iria sujar os princípios nucleares e as regras da Premier Legaue, assim como a sua boa reputação e caráter, permitindo ao príncipe herdeiro e autoridade sauditas usar esta aquisição como forma de reparar o seu posicionamento internacional", assinala a carta dirigida por Hatice Cengiz, através do advogado, às altas entidades da Premier League.
De recordar que Mohammed bin Salman foi associado ao assassinato de Khashoggi, uma vez que uma investigação considera que o crime não poderia ter sido levado a cabo sem o conhecimento do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, que negou o envolvimento.
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