"Não imagino Nasr-Azadani a travar uma luta contra Deus ou algo assim..."
Amir Nasr-Azadani terá sido condenado à morte por enforcamento após ter participado numa manifestação em prol dos direitos das mulheres iranianas.
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Sebastian Strandvall, antigo colega de equipa de Amir Nasr-Azadani, jogador iraniano que enfrenta a pena de morte no Irão após ter participado numa manifestação em prol dos direitos das mulheres daquele país, saiu esta quarta-feira em sua defesa.
Em declarações à Sky Sports, o capitão do VPS Vaasa (Finlândia) começou por descrever a personalidade de Nasr-Azadani, descartando tratar-se de uma pessoa radicalista, após ter sido acusado pelas autoridades iranianas de participar numa manifestação violenta e que resultou na alegada morte de três agentes.
"Amir era um dos jovens da nossa equipa [Rah-Ahan, do Irão] na altura. Ele tinha 19 ou 20 anos e era uma pessoa muito tímida e muito querida. Era um rapaz normal e bom. Conhecendo o caráter de Amir, acredito que ele iria a um protesto, que iria defender direitos básicos das mulheres, porque ele é o tipo de pessoa que se preocupa com os outros. Mas não o imagino a travar uma luta contra Deus ou algo assim...", garantiu.
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"É difícil descrever este sentimento, o choque. Custa aceitar que é realmente ele, porque parece tão afastado da realidade... Como é que alguém pode enfrentar a pena de morte por participar num protesto pacífico...", lamentou, em jeito de conclusão, Strandvall.
Recorde-se que Nasr-Azadani foi declarado culpado de "rebelião armada contra o estado ou república islâmica", um crime punível com pena de morte no Irão. De acordo com meios internacionais, a execução será efetuada por via de enforcamento, apesar do apelo da FIFPro para a anulação do castigo.
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