Mourinho recorda: "Ricardo Carvalho não foi possível e encontraram a solução perfeita"
Treinador português lembrou a passagem pelo Inter e salientou um nome "importantíssimo" na caminhada do título europeu de 2009/10.
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José Mourinho esteve duas épocas em Itália, ao leme do Inter, e, em 2009/10, coroou uma temporada fantástica com a conquista do triplete: Serie A, Taça e, claro, a Liga dos Campeões.
Em entrevista ao "The Coaches' Voice", o treinador português recordou a passagem pelo futebol transalpino e refletiu sobre os objetivos então traçados no emblema de Milão, assim como os jogadores fulcrais no sucessor alcançado.
"O meu acordo com o Inter previa que, na primeira época, teríamos de manter o domínio do futebol italiano, vencer o título pela terceira vez consecutiva. Mas, ao mesmo tempo, saciar a sede pela Liga dos Campeõesm (...) Na primeira época [2008/09] esperei até ao momento em que fomos eliminados pelo Manchester United. Aí, disse ao dono do clube e ao diretor desportivo aquilo que precisava", começou por relatar Mourinho, prosseguindo:
"O trabalho que o clube fez nesse verão foi fenomenal. Às vezes, a simplicidade é genial e há aquele complexo de esconder que simplesmente não és bom o suficiente. No Inter havia uma estrutura simples e, quando a minha primeira opção, o Ricardo Carvalho, não foi possível, encontraram a solução perfeita: Lúcio. Ele era rápido, muito rápido. E deu-nos exatamente o que precisávemos", contou o "Special One", em alusão ao antigo internacional brasileiro.
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"Depois tínhamos de melhorar a qualidade de passe no meio-campo. Tínhamos jogadores fantásticos. Javier Zanetti, Stankovic, Muntari... Mas precisávamos de ser mais dominantes, ter mais controlo, algo diferente. Wesley Sneijder foi a chave", lembrou o português. Foi o arranque de uma caminhada que só terminaria com a conqusista da Champions, em Madrid:
"O momento-chave chegou nos oitavos de final, frente ao Chelsea. Ganhámos em Stamford Bridge e foi aí que as pessoas começaram a acreditar, a sentirem que apoiavam uma equipa que era capaz de ganhar. Foi o clique de que a equipa precisava, o momento em que a barreira psicológica tombou. Vencer a Champions League foi fantástico. Não foi fácil, os sorteios não foram propriamente favoráveis. Mas fomos com ambição e uma equipa incrível", finalizou Mourinho.