Treinador português falou sobre o prémio carreira atribuído ao ex-treinador do Arsenal.
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A fundação Laureus atribuiu o prémio carreira a Arsène Wenger, antigo treinador do Arsenal e um dos mais reconhecidos do futebol atual.
José Mourinho, "rival" de Wenger durante vários anos, deixou rasgados elogios ao ex-Arsenal: "É uma pessoa muito inteligente e um dos melhores treinadores da história", começou por dizer em entrevista exclusiva à organização dos prémios Laureus.
"Cheguei a Inglaterra e encontrei "Os Invencíveis", uma equipa quase perfeita, e encontrei o Manchester United e o Sir Alex Ferguson muito feridos com aquela época invencível do Arsenal [2003/04]. E nós éramos como uma terceira força a chegar. O Chelsea com um grande desejo de ser campeão pela primeira vez em tantos anos. Então claro que houve confronto de forças, o Sir Alex, o Wenger e eu estávamos a lutar pelo mesmo. Nós éramos, como gosto de dizer, "queridos inimigos". Naquele momento é difícil, é uma luta real. Mas penso que no final, pelo menos eu faço isso, agradeço sempre aos meus "queridos inimigos" por fazerem de mim melhor", explicou.
Quanto a alguns confrontos mais "acesos", o treinador português acredita que o respeito sempre esteve presente. "Só posso falar por mim. Eu gostei realmente da competição entre nós, mas houve alguns episódios, que eu não gosto de dizer que me arrependo ou que o Sr. Wenger também se devia arrepender, porque isso faz parte da nossa história e não podemos voltar atrás e apagá-los. Foram parte da nossa história e da história dos nossos clubes. Mas o verdadeiro respeito esteve sempre presente", afirmou.
Mourinho deixou ainda um "pedido": "Penso que o prémio é muito merecido. espero que Wenger volte muito rapidamente onde pertence, que é ao futebol".