"Mesmo com os principais clubes a sofrerem, o City comprou Rúben Dias..."
Defesa internacional português foi utilizado como exemplo pelo treinador Carlo Ancelotti para exemplificar o nível superior da Premier League
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Carlo Ancelotti, treinador italiano do Everton, considerou, esta sexta-feira, que a Premier League arrebata as restantes principais ligas europeias pela competitividade e, sobretudo, pela capacidade financeira dos clubes no reforço dos plantéis.
O carismático timoneiro dos toffes recordou, em entrevista a um jornal desportivo de Itália, como reforço do argumento prévio, que os finalistas das últimas duas edições da Liga dos Campeões e da Liga Europa foram equipas britânicas.
"Não é um campeonato como os outros. É muito competitivo, como demonstra o facto de que há dois anos as finais europeias foram disputadas por quatro equipas inglesas. Podem dizer-se muitas coisas para justificar a superioridade dos ingleses face aos italianos, como por exemplo que o rigor tático da Serie A diminui a intensidade, mas para mim é simples: na Premier League estão os melhores jogadores e treinadores", referiu o técnico ao Corriere dello Sport.
O treinador transalpino, a cumprir a segunda passagem por Inglaterra, após orientar o Chelsea entre 2009 e 2011, acrescentou que o poderio económico dos emblemas atrai para Inglaterra grande parte dos melhores futebolistas.
Como exemplo, Ancelotti apontou a distinta atividade dos clubes ingleses e, no caso, dos espanhóis, no último mercado de verão, o que espelha a distinta robustez financeira de ambos mesmo em plena situação de retração face à pandemia.
"A grande diferença está na qualidade, mas isso tem um preço. Mesmo os principais clubes a sofrerem financeiramente, o Manchester City contratou o Rúben Dias, um dos melhores defesas do mundo, Ferrán Torres, Aké... O Chelsea gastou 200 milhões em Werner, Havertz, Chilwell e Ziyech. Real Madrid e Barcelona não conseguiram contratar", afirmou o treinador do Everton.
Em 27 de setembro de 2020, Rúben Dias trocou o Benfica pelo Manchester City a troco de 68 milhões de euros, tornando-se na segunda maior transferência da história do clube português, sendo apenas superada pela de João Félix.