Ocorreu na via pública e a turma da casa não deverá ser responsabilizada.
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O Marselha pode não sofrer sanções desportivas pelo ataque de domingo ao autocarro que transportava a comitiva do Lyon (jogadores, técnicos e dirigentes), assim como a pelo menos três outros veículos onde seguiam adeptos para assistir ao encontro entre as duas equipas.
Como os incidentes ocorreram na via pública, o clube marselhês não deve ser responsabilizado, apesar de, segundo o antigo internacional Jerôme Rothen, os apedrejamentos serem recorrentes naquela cidade. “Não sei se eles são adeptos do Marselha e se vêm ao estádio ou se são apenas rufiões. (...) Os autocarros são apedrejados há anos em Marselha. Sofri isso na pele. Sempre que lá ia com o PSG em jogos de alto risco, as janelas dos autocarros acabavam partidas. A diferença é que nunca houve feridos”, declarou o antigo jogador de PSG e Mónaco.
O ministro do Interior, Gérald Darmanin, descartou responsabilidades das autoridades, lembrando que estavam mobilizados “mais de 500 agentes”. Segundo disse, foram “nove pessoas detidas” e, além dos treinadores do Lyon (ver caixa), houve também “cinco polícias feridos”. Já a ministra do Desporto, Amélie Oudéa-Castera, apelou a “punições severas” para os envolvidos, lembrando que “a videovigilância vai permitir apurar responsabilidades”.
Um motorista de um dos autocarros atingidos, de nome Fayçal, contou que “um grupo de cerca de cem pessoas, todas encapuzadas”, algumas das quais “com lenços do Marselha e da claque South Winners” atacou “com pedras do pavimento e bombas de fumo”.
A comissão de competições da Ligue 1 reúne-se quinta-feira para anunciar a nova data do jogo e 6 de dezembro, é a possibilidade mais forte.