Marco Silva fez história no campeonato da Grécia, ao levar o Olympiacos à mais rápida conquista do campeonato de sempre. A confirmação do título chegou este domingo, após a vitória sobre o Veria por 3-0
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Marco Silva, logo em época de estreia no estrangeiro, conseguiu um feito difícil de superar: certificou matematicamente o título do emblema de Atenas - que assim arrecada mais um hexa e eleva a 18 o número de conquistas do género nas últimas duas décadas -, passando a ser o treinador mais rápido a gritar "campeão" na prova helénica, que em 1960 entrou na era dos pontos corridos.
O treinador português é o primeiro a celebrar na Europa em 2016, suplantando automaticamente o melhor registo de precocidade na Grécia, já pertença do Olympiacos, validado a 10 de março de 2013, numa saga iniciada com mão portuguesa (Leonardo Jardim, invicto e líder, seria despedido em janeiro), prosseguida por um grego (Nikopolidis) e rematada com toque espanhol (Míchel).
Ser já campeão é quase uma formalidade mas, para o Olympiacos de Marco Silva, há ainda mais potencial para reforçar o carácter histórico da campanha iniciada a 23 de agosto, faz hoje 190 dias, quando a equipa embalou para 17 vitórias seguidas, novo máximo grego. Mantendo o avanço mínimo de 18 pontos sobre o vice-líder, será o vencedor mais folgado no atual sistema de pontuação.
Num emblema com lastro de sucesso doméstico, vencer é um pormenor inalienável, mas, para os gestores e para os fanáticos adeptos, não deixa de ser apenas... um detalhe. Ganhar, sim, mas com estilo, com futebol vistoso, empolgante e dominador. A bitola é esta. Marco Silva enquadrou-se e, no desenvolvimento do modelo de jogo, convenceu, assegurando, ao invés de variados antecessores (que o diga, por exemplo, Leonardo Jardim), a estima e o crédito dos simpatizantes.