Leonardo Jardim na final da Champions da Ásia: a peça que falta para completar o puzzle
Treinadores portugueses já venceram a maior prova de clubes de três dos principais continentes do "planeta futebol". Só falta a Ásia, o que pode ser conseguido esta tarde (16h00 portuguesas)
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Leonardo Jardim pode tornar-se esta terça-feira no primeiro treinador português a conquistar o maior torneio de clubes da Ásia. Ao comando dos sauditas do Al Hilal, o madeirense vai tentar conduzir esta equipa a um triunfo na final da Liga dos Campeões daquele continente, a disputar frente aos sul-coreanos do Pohang, às 16h00.
O Al Hilal é apontado como favorito, não só porque joga em casa (Estádio Rei Fahd, em Riade), mas também porque reúne argumentos mais convincentes, de acordo com a análise de José Morais a O JOGO. "O Al Hilal é um dos clubes com melhores e maiores recursos da Arábia. Atualmente, tem muito mais recursos do que o Pohang", começa por explicar um treinador que esteve à frente deste clube na época passada e que, antes disso, tinha estado também na Coreia do Sul, onde conquistou dois títulos de campeão e uma taça, pelo Jeonbuk.
"São grandes clubes em cada um destes países. O meu favorito é o Al Hilal, por dois motivos. Em primeiro lugar, porque treinei o clube e fui campeão saudita com ele. Em segundo, porque tem um treinador que conheço e que também é português", prossegue Morais, sobre os únicos dois clubes da Ásia que já ganharam três vezes o troféu.
A favor do Al Hilal joga também (em teoria, claro) o plantel, nomeadamente o conjunto de estrangeiros que pode atuar. Nesta competição só podem ser utilizados quatro jogadores estrangeiros em cada jogo por cada clube, sendo que um desses quatro terá que pertencer a outro país asiático. "Tal facto leva a uma escolha criteriosa" para esta fase da prova e, por exemplo, no Al Hilal, André Carrillo nem sequer faz parte do grupo de elementos inscritos.
"Os estrangeiros do Al Hilal não podem ser comparados com os do Pohang, o que pode constituir-se como o fator desequilibrador da final. Gomis, Marega e Matheus Pereira estão muito acima do nível de estrangeiros que o Pohang tem", comenta José Morais.
"Marega ajuda a fazer a diferença no sector ofensivo do Al Hilal"
Figura de proa no Al Hilal, o maliano Moussa Marega tenta, aos 30 anos, conquistar o quinto título da carreira, depois de ter ganho no FC Porto dois campeonatos, uma taça e uma supertaça. José Morais considera-o "um dos jogadores mais fortes do Al Hilal", lembrando a sua chegada ao clube: "Marega foi anunciado quando ainda era eu o treinador. Havia grande entusiasmo pela vinda, por ser um goleador do FC Porto com experiência de jogar a Champions europeia. Junto a Gomis, é um jogador que ajuda a fazer a diferença."