Comité de Arbitragem da La Liga pede pulso mais firme para acabar com as imagens que se veem habitualmente nos lances de bola parada. As faltas dentro da área, todavia, só serão punidas caso sejam claras e “com intensidade suficiente para justificar a sanção”. Lei da mão na bola também vai ter um critério mais restrito
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O novo regulamento de La Liga traz consigo mudanças que pretendem reduzir quase ao máximo a tolerância dos árbitros em relação aos habituais agarrões dentro da área, nomeadamente em lances de bola parada. A partir de agora, o árbitro só avisará os infratores uma vez; à segunda, deverá assinalar a respetiva grande penalidade.
“Temos visto autênticas chaves de judo. Pedimos máxima exigência aos árbitros, esteja lá a bola ou não. Agora temos uma ferramenta para detetar este tipo de situações”, ressalvou Luis Medina Cantalejo, presidente do Comité de Arbitragem, referindo por outro lado que o organismo pretende reduzir os penáltis nos campeonatos espanhóis por “pequenos contactos”. “Para assinalar um penálti, é preciso ter havido uma infração clara com a intensidade suficiente para justificar a sanção.”
Será, a contar já na jornada que se inicia hoje, implementado também o sistema do fora de jogo semiautomático, destinado a ajudar o VAR a analisar com maior rapidez esse tipo de lances, com os ecrãs dos estádios a poderem mostrar aos espetadores a imagem virtual.
Outras mudanças são a permissão de uma substituição adicional em caso de lesão na cabeça, que permitirá à equipa em questão realizar um máximo de seis alterações, bem como a proibição de qualquer jogador pedir justificações ao árbitro além do capitão de equipa - medida já implementada no Europeu da Alemanha.
A lei das mãos, sempre muito polémica, terá esta temporada um critério mais restrito. Será considerada infração apenas se houver uma mão voluntária, uma posição antinatural do braço e uma mão imediatamente antes do golo, acidental ou não; mãos em posição natural, junto ao corpo ou apoiadas no chão não serão sancionadas.