ENTREVISTA, PARTE III - Internacional pela última vez em 2014, Josué assegura que não guarda qualquer amargura.
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Josué tem quatro internacionalizações A no currículo, todas com Paulo Bento ao leme das Quinas. Jogou contra Israel, Luxemburgo, Suécia e Camarões, no caminho para o Mundial do Brasil
"Seleção? Nunca senti injustiça"
O último jogo pela Seleção foi em 2014. Alguma vez se sentiu injustiçado?
-Nunca. Obviamente que pensei, aqui e ali, que podia estar lá, mas tenho os pés assentes no chão, comecei a entender muitas coisas no futebol e sempre estive ciente dos países e clubes que escolhi, sabia que era difícil poder voltar à Seleção. Ainda agora o míster Fernando Santos assinou pela Polónia, já foi ver um ou dois jogos do Legia e eu estive com os adjuntos. Se me sentisse injustiçado, nem quereria falar com eles. Senti-me sempre mais um português. Não é fácil ser selecionador e ter de convocar 23 ou 24 jogadores quando mereciam ser chamados 60 ou 70. Há muita qualidade. Se vai um dos três grandes, não vai um do Braga, se vai um do Braga não vai do Vitória... É muito difícil.
Ainda alimenta o sonho de voltar?
-Tenho noção que é difícil. Nunca se sabe o amanhã, mas é complicado, há muitos jovens de grande qualidade a aparecer e sei onde estou e o que sou.
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CURTAS
"Curioso" para ver a Seleção com Martínez
Certo de que a chegada de Roberto Martínez "vai abrir um novo ciclo", Josué assume estar "curioso" para ver Portugal jogar num esquema de três centrais: "O novo selecionador vai querer implementar o sistema que utilizava na Bélgica, será interessante ver como é que os jogadores se adaptam."
A contar com "mais golos" de Ronaldo
"Fã incondicional" de Ronaldo, Josué quer "esperar para ver" que decisões serão tomadas pelo astro e por Martínez, mas acredita que o capitão das Quinas "ainda tem muitos mais golos para marcar" por Portugal. No entanto, "depende das decisões que tomarem, porque jogando numa liga como a da Arábia fica mais difícil ser-se chamado", ressalva.
A praxe que nunca vai esquecer
Quando chegou à Seleção, Josué achava que "não ia ser praxado, por ser o engraçadinho". Não podia estar mais errado: "O Eduardo, o Meireles, o Nani e o Veloso tiraram a porta do quarto e rebentaram-me as costas todas. Nunca me vou esquecer [risos]."
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