ENTREVISTA, PARTE II - A tarefa não se adivinha fácil: depois da derrota no Giuseppe Meazza, por 0-1, o FC Porto vai tentar inverter a eliminatória dos "oitavos" com o Inter no Dragão, a 14 de março. Josué espera uma missão "ainda mais difícil sem Otávio", frente a um adversário de "nível mundial", mas acredita num desfecho feliz.
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Josué conhece bem a força do Dragão e acredita que é por aí que pode passar a receita para inverter a derrota de Milão, na segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões: "Se começarem a pressionar cedo..."
"Olhando ao nível financeiro das outras equipas em prova, FC Porto e Benfica são os 'outsiders' da Champions"
Apesar da derrota frente ao Inter, em Milão, sente que o FC Porto pode dar a volta à eliminatória no Dragão?
-Notou-se que o primeiro jogo ficou mais difícil para o FC Porto assim que o Otávio foi expulso e acho que, sem ele no Dragão, ainda será mais difícil. Apesar disso, acredito que é possível dar a volta. O Inter tem jogadores de nível mundial: o Lukaku, que é um poço de força, o Lautaro Martínez, campeão do Mundo, o Çalhanoglu, que é um dos melhores médios na Europa... Tem jogadores muito bons, mas no Dragão tudo é possível. O FC Porto já provou em vários jogos que é possível dar a volta. Não há muito tempo, o Manchester City foi ao Dragão e passou mal. Se o FC Porto estiver focado a cem por cento e começar a pressionar cedo, com o estádio cheio, pode dar a volta. O Estádio do Dragão, estando cheio, é a chave para dar aquela força extra aos jogadores, que precisam de sentir o apoio dos adeptos de forma a acreditarem que é possível vencer a eliminatória. Sem o Otávio vai ser mais difícil, mas não impossível.
Imaginando que a reviravolta acontece, até onde pode chegar este FC Porto?
-Não é fácil prever... Quando o FC Porto foi eliminado pelo Chelsea [2020/21], eu achava que ia ser o FC Porto a passar, mas não aconteceu. Há sempre esta imprevisibilidade. Neste momento, olhando ao nível financeiro das outras equipas em prova, o FC Porto e o Benfica são os "outsiders" da Champions. É uma diferença astronómica e, se por um lado isso é mau, por outro os dois clubes portugueses nada têm a perder, o que pode ser um ponto a favor deles. Acredito que o FC Porto e o Benfica podem ir longe.
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