John Terry admite ter pensado no suicídio após falhar penálti que daria a Champions de 2008

Frente ao Manchester United, no desempate por grandes penalidades, o defesa-central inglês teve a oportunidade de dar ao Chelsea a Liga dos Campeões de 2008, mas acabou por falhar o castigo máximo
O antigo futebolista John Terry admite que, por instantes, pensou na hipótese de cometer suicídio, na sequência da final da Liga dos Campeões de 2007/08 perdida para o rival Manchester United. O internacional inglês teve a hipótese de dar a vitória ao Chelsea, mas não conseguiu converter a grande penalidade e os red devils acabaram, depois, por vencer (6-5).
Durante os 120 minutos, recorde-se, o jogo ficou empatado 1-1.
Já no hotel, após o jogo, o antigo defesa-central pensou no pior. "Olhando para trás, teria adorado ter falado com alguém na altura, porque lembro-me que, depois do jogo, voltámos todos para o hotel e eu estava no 25.º andar, em Moscovo, a olhar pela janela e a pensar: 'Porquê? Porquê?' Não estou a dizer que, se tivesse essa oportunidade, saltaria, mas há coisas que nos passam pela cabeça naquele momento específico. Depois, os rapazes subiram e levaram-me para baixo. São aqueles momentos em que pensamos 'e se?'. Nunca se sabe, pois não?", contou no podcast de Reece Mennie.
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"Três ou quatro dias depois, juntámo-nos na seleção de Inglaterra e, de repente, estávamos sentados à mesa com os jogadores do Manchester United, o que foi a pior coisa de sempre. Mesmo hoje, isso ainda me passa pela cabeça. Suavizou com os anos, claro, mas quando se está a jogar, a encadear jogos e épocas, consegue-se compartimentar e colocar isso para trás. É agora que estou reformado, sem o foco de jogar todas as semanas ou perante os adeptos, que isso realmente me afeta. Ainda acordo a meio da noite e penso 'sim, aquilo aconteceu mesmo', e não creio que essa sensação desapareça", explicou.
"Cresci num mundo, especialmente por influência do meu pai, em que se estivesses chateado, levavas uma palmada na orelha e seguia-se em frente. Levantavas-te e ias disputar a bola com o jogador mais forte. Essa era a mentalidade na altura. As coisas agora são diferentes, o que considero muito importante no futebol", disse ainda John Terry.

