Líder de La Liga contesta apoios de Estados a determinados clubes.
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Javier Tebas, presidente da Liga espanhola, teme que o equilíbrio do futebol de topo esteja em risco face aos apoios estatais recebidos por determinados clubes.
“Respeitamos que um clube-estado possa estar nas competições europeias. O que pedimos é que se submetam ao controlo económico e que não sejam regularmente ajudados com apoios desse estado”, declarou o dirigente de La Liga, aludindo a clubes como Manchester City, PSG ou Newcastle, que são detidos por pessoas ou entidades que, direta ou indiretamente, estão ligadas a Estados – no caso, aos Emirados Árabes Unidos, ao Catar e à Arábia Saudita, respetivamente.
Tebas considera que tal facto “desestabiliza o futebol europeu” e que, como tal, “é muito importante que exista uma regulação no âmbito europeu”. Caso contrário, “pode haver perigo”, salienta. “É muito importante a sustentabilidade do futebol europeu. Se tudo se desequilibra…”
Tebas defende, por exemplo, que “não se cedam jogadores abaixo do valor de mercado”, apontando como caso exemplar a parceria existente entre o Manchester City e os espanhóis do Girona. Em Espanha existe um controle que, segundo afirma, devia também existir no futebol europeu, em geral. “Temos alguns controlos que gostaríamos que existissem a nível europeu. Mas não vou fazer uma guerra com esse tema. O que me preocupa é as transações que possam haver no mercado e a inflação dos salários na nossa competição”, disse.