Para a Squadra Azzurra, falhar o Mundial representa uma humilhação, mas os custos não serão exclusivamente desportivos.
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A Itália fora de um campeonato do mundo era algo que não se via desde 1958, razão pela qual o país cuja seleção já venceu quatro Mundiais encara este insucesso como a página mais negra da sua história futebolística. A humilhação é grande, a frustração maior, mas os custos da eliminação diante da Suécia, anteontem, não serão exclusivamente desportivos.
De acordo com um artigo do diário "Corriere della Sera", a ausência no Rússia"2018 terá fortes implicações financeiras para a federação italiana, mas também para os patrocinadores da Azzurra e para a própria FIFA. Só esta última poderá perder cerca de 100 milhões de euros em relação ao último Mundial: então, a RAI e a Sky pagaram 180 Meuro de direitos de TV, mas sem jogos da Itália para transmitir o jornal diz que os canais transalpinos não deverão pagar mais de 80 Meuro, pelos mesmos direitos.
Quanto à federação (FIGC), o rombo será também significativo. Para começar não terá prémios de presença, cujo valor máximo de de 32,5 Meuro será entregue ao campeão do mundo. O maior problema são, contudo, os valores recebidos por direitos de TV e patrocínios, que podem cair drasticamente porque os contratos têm valores fixos e por objetivos. Para se perceber o impacto de um Mundial, o jornal refere que em 2014, a federação italiana aumentou em 19 por cento as receitas dos sponsors e nem sequer passou da fase de grupos. Além disso, nesse mesmo ano a venda de camisolas representou metade do valor recebido pelo merchandising.
Ancelotti preferido
O jogo de anteontem, representou o fim de uma era na seleção, com vários jogadores a despedirem-se sem glória, nomeadamente o histórico capitão Buffon, mas também Barzagli, Chiellini e De Rossi. O selecionador Ventura, há muito contestado, também vai cair e a grande discussão do momento é sobre quem deve ser o novo selecionador - há quem exija também a "cabeça" do presidente da federação, Carlo Tavecchio. Um nome surge como favorito entre pares: Carlo Ancelotti, ex-treinador do AC Milan.