IFAB prometeu rever lei do fora de jogo para beneficiar futebol de ataque

Regra do fora de jogo terá novidades
Glyn Kirk/AFP
Proposta de Arsène Wenger (o avançado está em jogo se qualquer parte do corpo válida para marcar golo estiver em linha com o penúltimo defesa) parece ser a preferida
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O organismo responsável pelas regras do futebol, o International Football Association Board, admitiu fazer uma revisão da regra do fora de jogo e que surge como resultado do crescente escrutínio dos lances desde que foi introduzida a videoarbitragem. Esta é, no entanto, uma promessa sem data de concretização mas que tem como horizonte estimular um estilo de jogo de ataque.
Depois das críticas surgidas à análise milimétrica dos lances de fora de jogo por parte do VAR - que levou a discussão para planos como a escolha do "frame" ideal - e propostas como a de Arsène Wenger, agora responsável da FIFA pelo desenvolvimento global do futebol, o IFAB disse poder reconsiderar a regra atual. E que esta última ideia - um avançado estar em jogo se qualquer parte do corpo válida para marcar estiver em linha com o penúltimo defesa - é a que merecerá prioridade.
O presidente da FIFA, Gianni Infantino, é também adepto desta nova forma de encarar o fora de jogo até pelo impacto que pensa poder ter no próprio futebol. "Esta é a altura certa para olhar para a questão e perceber se podemos fazer algo coisa pelo futebol de ataque e proporcionar aos avançados mais oportunidades de golo", afirmou o suíço.
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David Elleray, diretor técnico do IFAB (que é constituído em partes iguais por representantes das quatro federações britânicas e da FIFA), admitiu que a lei do fora de jogo, ao contrário do que tem sido a sua evolução, desta vez "andou um pouco para trás e o futebol não quer isso". "Os árbitros assistentes recebem instruções para favorecer o ataque em caso de dúvida, mas o VAR e outras tecnologias acabaram com a dúvida. O futebol tem-nos dito que ter o dedo do pé dois centímetros à frente do defesa não é uma vantagem suficiente para merecer ser penalizada. A questão nem é se consegue ou não deetetar-se mas antes se, mesmo detetando [uma deslocação], deverá ser fora de jogo", acrescentou aquele responsável.
Pierluigi Collina, presidente do comité de arbitragem da FIFA, revelou que, na próxima época, os árbitros ingleses deverão mudar o procedimento de evitar consultar os monitores junto ao relvado, como sucede atualmente.
Outra decisão do IFAB foi a de testar substituições motivadas por concussões (pancadas com a cabeça). Há duas opções que deverão ser experimentadas no torneio olímpico de futebol, em Tóquio: substituições temporárias ou conceder uma adicional, que é a preferida da FIFA.
