Foi expulso na estreia pelo Atlético e disse: "Não aguento mais, vamos voltar"

Convocado por Tite para os próximos compromissos da seleção brasileira - frente a Singapura e Nigéria - Renan Lodi está feliz em Madrid.

Em entrevista ao site Globoesporte, o lateral-esquerdo canarinho explicou que "não esperava jogar tanto" logo no arranque da época, ele que se afirmou como indiscutível na canhota da linha defensiva "colchonera" e lembrou a adaptação difícil, que contou até com uma chamada falhada aos sub-23 do "escrete".

"Simeone viu que eu andava triste. Era a segunda convocatória [para a seleção olímpica do Brasil] e eu não pude ir. Disse-lhe tudo o que estava a sentir e estava no arranque da minha adaptação aqui [em Espanha]. Aí juntou-se tudo: as saudades da família, dos amigos... Estou a viver com a minha noiva, apenas. Há dias que são difíceis. Então abri o meu coração, disse-lhe tudo o que estava a sentir, disse que queria ir à seleção de qualquer forma. Mas não deram autorização e eu entendi, continuei a trabalhar. E, graças a Deus, a oportunidade surgiu agora", começou por contar o ex-Athletico Paranaense, que chegou mesmo a considerar largar tudo para voltar ao Brasil, depois de ter sido expulso no jogo da estreia oficial pelos madrilenos, frente ao Getafe:

"Estava muito nervoso até ao aquecimento. Depois de começar o jogo fiquei normal. Houve um lance em que fiz falta e levei amarelo. Passou um minuto e houve uma disputa aérea. A minha mão toca no rosto de um jogador, mas todos viram que não era para expulsão. Mas como ele [árbitro] já tinha expulsado um jogador do Getafe, disseram que quis compensar. O estádio todo não entendeu, no balneário também não... Passou, mas foi difícil. A primeira semana foi muito complicada. Até disse à minha noiva, Rafaela: "Vamos voltar para o Brasil, não aguento mais. Vamos voltar para a minha casa, o Athletico [Paranaense]", acrescentou Lodi.

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