Florentino Pérez explica Superliga: "Quando não se tem rendimentos para além da televisão..."
Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, falou pela primeira vez após o anúncio da Superliga Europeia, no programa El Chiringuito.
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Quando surgiu a ideia: "Quando não se tem rendimentos para além da televisão, a forma de tornar o futebol rentável é tornar os jogos mais atrativos. Foi assim que começámos a trabalhar. Chegámos à conclusão de que fazendo uma Superliga durante a semana, em vez da Liga dos Campeões, seríamos capazes de recuperar as receitas perdidas".
Interesse da Superliga: "Ocorreu-nos a todos. Em vez de fazer a Liga dos Campeões, que estava a perder o interesse... A mesma coisa aconteceu em 1950 com Santiago Bernabéu, que se opôs à criação da Taça Europeia e depois o futebol mudou. O interesse da Superliga é que jogamos entre os grandes, a competitividade.... Não sou o proprietário do Real Madrid, tudo o que faço é para o bem do futebol. O futebol está num momento crítico."
Pandemia: "Os grandes clubes em Inglaterra, Itália e Espanha têm de encontrar uma solução para uma situação muito má. A ECA diz que 5000 milhões de euros foram perdidos. O Real Madrid tinha um orçamento de 800 milhões e acabámos por ficar com 700. E este ano, em vez de 900, vamos ver se conseguimos arranjar 600."
Ameaças da UEFA: "Entrei no futebol em 2000 e ele tem de evoluir, como pessoas, empresas, redes sociais... O futebol tem de se adaptar aos tempos em que vivemos. O futebol estava a perder o interesse..."
Futebol na televisão: "É um facto que as audiências estão a descer e os direitos televisivos a diminuir. E com a pandemia... Estamos todos arruinados. O futebol é global, tem adeptos em todo o mundo. A televisão é o meio que deve mudar para se adaptar aos tempos. Tivemos de analisar porque é que os jovens entre os 16 e 24 anos já não estão interessados no futebol. Há demasiados jogos, de pouco interesse? Têm outras plataformas. O futebol tem de se adaptar. Compreendemos que temos de mudar algo para tornar o desporto mais atrativo a nível global."