Fernando Santos realça "importância da claque" e diz: "Escusam de agradecer"
Na conferência de imprensa que se seguiu à conquista da Liga das Nações por Portugal, o selecionador agradeceu o apoio dos adeptos e voltou a tocar na questão do estilo de jogo da Seleção.
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Conquista da Liga das Nações: "Em primeiro lugar, queria agradecer a Deus, por nos ter enviado a sua luz e espírito. Em segundo lugar, queria agradecer aos meus jogadores pela paixão e pelo esforço, não esquecer a Federação por tudo o que nos tem proporcionado para podermos continuar na conquista dos êxitos. Esta é uma prova que vai vingar forte porque, na realidade, acaba por ser uma competição de toda a família da Europa. Ser o primeiro vencedor é algo que vai ficar sempre para a história. É uma alegria, é uma alegria para o povo português, mas agora é continuar a trabalhar e a alcançar os objetivos".
Comparação entre William Carvalho e De Jong: "De Jong jogou mais à esquerda, é um jogador mais perto daquilo que é o Bruno Fernandes. Agora, aqui o que tínhamos projetado é que sabíamos da qualidade dos médios da equipa holandesa. Sabíamos da qualidade de passe de De Jong. Sem fazer nenhuma marcação direta tínhamos de ter essa atenção. As orientações que tinham era que se tivessem bola, era para jogar mais à vontade".
Gratidão dos portugueses ao selecionador: "Não gosto de falar sobre mim, acho presunção. A apreciação do meu trabalho tem de ser feita por vocês, o que vou levar é este carinho que sinto na rua todos os dias. Este carinho é o 'obrigado'. Escusam de o dizer, porque foi de muito boa vontade".
Apoio dos adeptos e importância da claque: "Esta alegria é para os portugueses, pelo apoio constante que nos deram, mais uma vez a claque. As claques são fundamentais, houve momentos em que parecia que o jogo estava a acalmar e a claque puxava por eles [jogadores]. A Seleção Nacional é, acima de tudo, a representação do povo. Quando digo o povo, digo as pessoas, os portugueses. Hoje é a véspera do Dia de Portugal, amanhã será ainda mais risonho. É assim quando se ganha. Muito obrigado a eles. Divirtam-se que eu também o vou fazer".
Jogar "bonito": "Nem sempre conseguimos, há sempre um adversário que também condiciona como o jogo pode correr. No Europeu jogávamos em França, com uma carga psicológica muito forte, lembro-me bem do jogo. Portugal começou a ser melhor equipa e podem dar a volta que quiserem, porque já ando aqui há muitos anos, no meu dicionário só ganha quem joga bem. Eu também posso gostar de algum pintor que outros não gostam. Para se ganhar, só jogando bem. Bonito ou feio... Não sei".
Sobre Ronaldo: "A figura, o destaque principal... Se não tivéssemos ganho à Suíça, não estávamos na final. Se fosse com Inglaterra é que era mau, porque tinha de jogar em Guimarães. No jogo com a Suíça fomos mais eficazes, ganhámos bem, um jogo equilibrado sim, e hoje voltámos a ganhar, fruto do trabalho dos jogadores. As individualidades têm de aparecer".