Dirigentes tentam convencer o treinador português depois de quase "forçarem" a sua demissão. Adeptos não perdoam.
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A Direção do Marselha emitiu ontem um comunicado a informar que, na segunda-feira, apresentou a André Villas-Boas uma proposta de renovação por duas épocas, com mais uma de opção. O clube vinca assim o seu apreço pelo trabalho do treinador - que conduziu o emblema do Sul de França ao segundo lugar e ao apuramento para a Champions -, expressando ao mesmo tempo, a vontade em continuar a tê-lo ao serviço. O técnico, porém, foi confrontado dias antes com uma decisão que inviabiliza qualquer tentativa de entendimento para a continuidade: a demissão do diretor-desportivo Andoni Zubizarreta e do braço direito deste, Albert Valentín.
O espanhol tinha sido o grande responsável pela ida de AVB para o clube e o português já tinha dito que não ficava no cargo caso aquele saísse. Ora, ao optarem pela saída de Zubi, os dirigentes praticamente decretaram o adeus de Villas-Boas, que, como afirmou ontem o "Le Parisien", acabou por recusar esta proposta para renovar. O jornal cita ainda uma fonte próxima para garantir que a separação é "irrevogável".
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Aliás, também ontem, o "La Provence" foi no mesmo sentido, escrevendo que AVB já tinha dado ordens aos seus advogados para contactarem os dirigentes do Marselha no sentido de uma rescisão amigável. Entretanto, na internet, os adeptos pedem a demissão do presidente Jacques-Henri Eyraud na sequência do episódio. "Senhor Eyraud, fazer passar Villas-Boas pelo mau da fita , é mesquinho e revela pequenez. Vá embora antes que seja tarde", escrevia um adepto nas redes sociais.