"Falta de fair-play? Ronaldo deu a resposta que apetecia dar"

Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com a Áustria, grande parte das perguntas dos jornalistas tinham o mesmo denominador: Cristiano Ronaldo. O facto de o português, no final do jogo, não ter trocado a camisola com Gunnarsson, capitão da Islândia, suscitou um rol de críticas ao português, prontamente rebatidas por Fernando Santos, selecionador nacional.

"Quando falam em fair play dá-me para rir. Na minha terra, diz-se: 'quem não sente não é filho de boa gente'. E depois das declarações do selecionador da Islândia, e de alguns dos seus jogadores, para além do público ter passado 90 minutos a assobiar o Pepe e o Ronaldo - inclusivamente o banco da Islândia a provocar o Pepe... -, as respostas são, muitas vezes, aquelas que na altura apetece dar." E mais. "O fair-play é algo que se deve respeitar. Na conferência anterior ao jogo com a Islândia, não referi nada acerca das declarações que eles fizeram; portanto não aceito lições de fair-play, sobretudo depois da falta de fair-play. E a minha equipa tem sido exemplar nos cartões amarelos."

O facto de Ronaldo ter festejado apenas um golo de livre em 34 tentativas, em fases finais de Europeus e Mundiais, não leva o selecionador a alterar os planos. Ou, pelo menos, a divulgá-los. "Não posso abrir o jogo e para isso escrevo uma carta ao treinador da Áustria", disse, sorridente.

Já a posição em campo do atacante do Real Madrid foi questionada por alguma imprensa estrangeira. Fernando Santos não tem dúvidas quanto à função do craque português. "Tem liberdade de posicionamento e tem liberdade para procurar as posições e de provocar ruturas. Mas quando não temos bola, aí temos todos de participar."

Já sobre a importância do atleta no jogo com a Áustria, o selecionador respondeu da seguinte forma: "O Ronaldo é o melhor jogador do mundo. O que posso dizer mais? Eu percebo a pergunta, mas ele é o melhor e isso chega para dizer da importância de Ronaldo."