"Existem pessoas reais, famílias, crianças e sonhos que se recusam a morrer"
Honey Thaljieh, antiga capitã da Palestina, acompanhou refugiados de Gaza numa subida ao campo em San Mamés, casa do Athletic de Bilbau
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Fundadora e capitã da primeira seleção palestina de futebol feminino, Honey Thaljieh, de 41 anos, comandou em Bilbau uma iniciativa espetacular do clube basco, que encheu San Mamés no início de outubro, conseguindo mais do que a vitória sobre o Maiorca. Antes do pontapé de saída, o Athletic, sem paralisar com autorizações de La Liga ou esperar mais concertações, preparou uma homenagem aos refugiados palestinianos na cidade e área envolvente. Onze subiram ao relvado, acompanhados de Honey, uma referência incontornável de fazer muito com pouco, de levantar a voz contra a desigualdade e de se agigantar perante preconceitos, cercos e guerras. A coragem de Honey foi aplaudida, a dos refugiados, vista como instinto de sobrevivência no meio de uma barbárie, ovacionada de pé por 55 mil almas. Arrepiante, nada igual se vira em Espanha.
