USM, Megafone e Yota estão ligadas a empresário "pró-Kremlin", cujos bens foram congelados pela União Europeia. Ação do clube da Premier League teve "efeitos imediatos"
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O tecido empresarial russo continua a sofrer danos colaterais com a invasão das tropas da Rússia à Ucrânia. O Everton anunciou, esta quarta-feira, a suspensão de três acordos de patrocínio com as empresas russas USM, Megafone e Yota, presentes nas áreas das tecnologias e comunicações.
"O clube confirma que suspendeu, com efeitos imediatos, todos os acordos de patrocínio com as empresas russas USM, Megafon e Yota", referem os toffees, em comunicado, declarando apoio ao futebolista ucraniano Vitaliy Mykolenko.
"Os jogadores, a equipa técnica e todos os que trabalham no Everton estão a dar total apoio ao nosso jogador Vitaliy Mykolenko e à sua família e vão continuar a fazê-lo", notam os responsáveis do emblema azul de Liverpool, cujo centro de estágios do clube fora rebatizado com as siglas USM.
USM, Megafone e Yota, empresas russas, têm participação do empresário uzbeque Alisher Usmanov, cujos bens, noticiou a "BBC", foram congelados pela União Europeia, que o descreveu como um "oligarca pró-Kremlin", na passada terça-feira.
Usmanov tinha ainda direito de opção, a troco de 36 milhões de euros, para dar o nome de uma das suas empresas ao futuro estádio do Everton. O empresário foi também afastado, na última terça-feira, da presidência da Federação de Esgrima.
Nesse dia, os alemães do Schalke e a UEFA anunciaram o término da parceria publicitária com a Gazprom, empresa estatal russa de comercialização de gás, patrocinadora da Champions. Antes, os ingleses do Manchester United rescindir o contrato de patrocínio com a transportadora aérea russa Aeroflot.