Seleção tenta um histórico apuramento para os quartos de final perante a Inglaterra, uma das melhores seleções do planeta e a quem a derrota até pode servir.
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Portugal tem esta quinta-feira pela frente a Inglaterra, a terceira melhor seleção da Europa e vai tentar elevar o maior feito de sempre do futebol feminino português, que seria a qualificação para os "quartos", logo na estreia num Europeu. As contas, algo complicadas, mas as lusas têm, no mínimo, que pontuar para sonhar com o apuramento.
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Para já, são três os pontos conquistados por Portugal. Tantos quantos os de Espanha. Na frente do grupo segue o adversário de hoje, a Inglaterra, com seis pontos. São números que obrigam a fazer contas, a perspetivar cenários, mas que não retiram a esperança na passagem aos quartos de final. Se vencer a Inglaterra e a Espanha perder, Portugal fica apurado. Ou então, como explica o site da Federação Portuguesa de Futebol, apura-se se vencer "por três golos de diferença, ou por dois, desde que o resultado não seja um 2-0".
Uma vitória por 1-0 ou um empate também podem dar a passagem à fase seguinte, mas aí as contas ganham outros contornos e a atenção ao resultado do Escócia-Espanha é redobrada. Até o registo disciplinar será tido em conta. Por exemplo, no caso de uma vitória lusa por 2-0 e a espanhola por 2-1, o critério de desempate passará a ser o registo disciplinar ou, se necessário, o coeficiente de seleções, que nesse caso dava vantagem a Espanha. Uma coisa é certa, perder garante o bilhete de regresso a casa.
"Neste momento são, no todo, naquilo que demonstram ofensiva e defensivamente, das equipas mais equilibradas a nível europeu, e vai ser, sem dúvida nenhuma, o maior teste que já tivemos ao futebol feminino português", projetou Francisco Neto, treinador de Portugal. "Vamos encarar o jogo com todas as nossas forças", completou. Com o apuramento praticamente garantido - só uma derrota superior a dois golos de diferença aliada a uma vitória da Espanha sobre a Escócia afasta a Inglaterra dos "quartos" - há a possibilidade de o treinador Mark Sampson rodar o onze, mas nem isso serve de alento. "Ele repetiu a equipa, estão um bocadinho mais cansadas, significa que as que vêm, vêm com tudo. Querem provar que também merecem uns minutos", frisou Francisco Neto, que já enquadra esta participação de forma positiva: "As jogadoras têm dado resposta, completamente comprometidas. Deixa-nos muito orgulhosos aquilo que já fizemos."
Já Carolina Mendes, autora do primeiro golo de Portugal num Europeu, mostrou-se otimista. "Vamos manter-nos fiéis ao nosso plano e dar o nosso melhor. Acredito que é possível passarmos aos quartos de final", vincou.