A afirmação é de Alexei Dexter, um dos líderes dos ultras que insultaram Taison e Dentinho com a imitação do som de um macaco
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Um dos líderes dos ultras do Dínamo de Kiev, Alexei Dexter, deu uma entrevista ao www.sport.ua com uma desculpa esfarrapada para justificar os cânticos racistas contra Taison (e Dentinho) na recente partida contra o Shakhtar Donetsk. Os citados ultras imitaram sons de macaco, mas dizem que foi de coruja para sensibilizar para o declínio da espécie. O objetivo, diz-se, será atenuar as consequências, dado que a polícia ucraniana procura os responsáveis e a própria liga daquele país já abriu uma investigação (para já, o Dínamo de Kiev levou uma multa de 20 mil euros e um jogo à porta fechada).
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"Temos amigos na Organização Mundial de Proteção aos Animais que nos falaram da situação de uma espécie de pássaro como oas corujas do norte. Decidimos levar a cabo uma ação de apoio às corujas. Não sei como é possível não distinguirem o som de uma coruja do som de um macaco porque são completamente diferentes", disse Alexei Dexter, na única declaração que a publicação cita.
Recorde-se que primeiro, Dentinho avisou o árbitro do que se estava a passar e depois Taison irritou-se, chutou a bola para a bancada e saiu a fazer um manguito aos ultras do Dínamo de Kiev. O jogo parou vários minutos e quando Taison voltou, foi expulso pelo árbitro. Acabaram os dois por sair a chorar. Entretanto, nas "Insta Stories" de Taison, surge uma imagem com o braço direito esticado e o punho fechado, o símbolo do movimento "Black Power".
"Quero manifestar o meu apoio a todos quantos sofrem de racismo que é e será uma vergonha para a humanidade. Hoje os meus jogadores mostraram o seu caráter. Estavam a demonstrar a sua personalidade durante o jogo, mas, neste momento, quero apoiar todos os que sofrem de racismo e os que sofreram hoje. Qualquer manifestação de racismo é inaceitável. Foi e será uma vergonha para todos. Juntos devemos lugar contra isso, todos os dias, a cada minuto e a cada segundo", disse na altura o treinador do Shakhtar, o português Luís Castro.
Recorde-se que os problemas com insultos racistas nos estádios de futebol têm sido frequentes. Sucedeu a Lukaku, Balotelli, Sterling, Rashford, entre outros.